Aéreas: tráfego de passageiros no Brasil subiu 14,7% em 2023

Conforme relatório da Alta, indústria da aviação no Brasil alcançou uma taxa de ocupação global de 77,6% em 2023


Por Ana Rita Cunha, especial para a AE

20/02/2024 às 10h29

aéreas voos aviao passageiros
Foto: Pixabay

No ano passado, o tráfego total de passageiros no Brasil aumentou 14,7% em comparação com 2022, segundo dados do relatório Insight da Aviação Brasileira da Associação Latino Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (Alta), enviados em primeira mão ao Estadão/Broadcast. O CEO da entidade, José Ricardo Botelho, avalia que, em meio a um ambiente global e regional desafiador, a aviação brasileira mostra resiliência e busca se recuperar do período da pandemia.

A indústria da aviação no Brasil alcançou uma taxa de ocupação global de 77,6% em 2023. No ano passado, a taxa de ocupação foi de 76,5%, no mercado doméstico, e de 82,2%, no mercado internacional.

Em 2023, a Latam foi a líder em participação de mercado, representando 36% do total de passageiros, a Gol ficou em segundo lugar, com 32%, seguida pela Azul, com 31%. Os aeroportos com maior crescimento de demanda e oferta de assentos ficaram concentrados no eixo Rio-São Paulo: Congonhas, Guarulhos e Santos Dumont.

Voos domésticos

O setor de aviação comercial do Brasil teve uma demanda total de 111,5 milhões de passageiros em 2023. O segmento doméstico, que corresponde a 81% do mercado brasileiro de voos, teve alta de 10,4% no tráfego de passageiros no ano passado, ante o ano anterior.

A rota entre São Paulo (Congonhas) e o Rio de Janeiro (Santos Dumont) registrou o maior tráfego de passageiros no mercado doméstico e taxa de ocupação atingiu 62%, em 2023.

No ano passado, a rota com maior aumento de oferta de assentos foi a ponte aérea Congonhas-Santos Dumont, na comparação com 2022. A maior demanda de assentos foi no trecho Congonhas-Brasília. Já a rota com maior queda de oferta e demanda de assentos, em 2023, foi o trecho Congonhas-Fortaleza.

Viagens internacionais

O segmento de viagens internacionais foi destaque na taxa de crescimento do setor aéreo no País, com alta de 37% do tráfego de passageiros em 2023, em relação ao ano anterior. No ano passado, 21,5 milhões de passageiros fizeram viagens internacionais. Em nota, a Alta afirmou que esse movimento reflete “uma recuperação firme e a expansão das conexões internacionais”.

A rota internacional mais movimentada, de acordo com o relatório da Alta, foi entre São Paulo e Santiago (Chile), com taxa de ocupação de 82%. No ano passado, menos da metade das rotas internacionais foram diretas, “reforçando a importância do Aeroporto de Guarulhos (GRU) como principal hub para essas conexões”, diz nota da entidade.

No ano passado, a rota internacional com maior aumento de oferta de assentos foi a Brasil-Estados Unidos, na comparação com 2022. No mesmo período de comparação a maior demanda de assentos foi na rota Brasil-Argentina.

Crescimento consistente

Os dados do relatório da Alta apontam ainda que o setor aéreo teve um avanço consistente entre 2009 e 2023. Nesse período, a taxa de crescimento anual composta (CAGR) foi de 3,38% para voos domésticos e 3,75% para internacionais. Nos últimos 15 anos, o tráfego em rotas domésticas no Brasil atingiu aproximadamente 91 milhões de passageiros, uma alta de 60%, em relação aos 57 milhões de 2009.

Em 2023, o País continuou liderando mercado de aviação na América Latina e Caribe, em termos de oferta, medida em assentos por quilômetro (ASK), com 26,3% da capacidade total da região. O México ocupa a segunda posição, correspondendo a 25,3% do total.

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.