A janela partidária, que deve ficar aberta entre o início de março e o dia 6 de abril será definidora do processo político especialmente na corrida por uma vaga no Legislativo. No caso de Juiz de Fora, os vereadores deverão participar de uma expressiva migração por não haver risco de perda de mandato por infidelidade partidária. Mas as conversas já estão em curso e as mudanças, com poucas exceções, já definidas. Há os que já abriram o jogo e os que ainda mantêm reservas ante a possibilidade de novos acordos. O que pouco se fala é o reflexo desse fluxo na disputa para a Prefeitura.
Articulações para vice ainda são prematuras
Há uma mútua dependência: os candidatos a vereador se sentem mais confortáveis quando há uma cabeça de chapa e os postulantes à Prefeitura se articulam com partidos com representatividade, inclusive na indicação do candidato a vice. Trata-se de um posto que não passa, necessariamente pela identificação ideológica e sim pelas conveniências políticas. O exemplo mais emblemático é a aliança do presidente Lula e de seu vice, Geraldo Alckmin. Adversários históricos e personagens de uma dura campanha presidencial em 2008, foram para o mesmo palanque em 2022 e venceram. No caso de Juiz de Fora, os olhares se voltam para a prefeita Margarida Salomão, que hoje tem o ex-vereador Kennedy Ribeiro como seu vice. Ela acha prematura qualquer discussão a respeito, mas se articula nos bastidores.