Hora de respirarmos fundo

Na coluna desta semana, Marcos Araújo dá boas-vindas a 2024 e reflete sobre desafios a serem encarados

Por Marcos Araújo

No limiar deste novo ano, como não pensarmos na avalanche de informações oscilantes que temos de lidar. Profecias intrigantes, inteligência artificial mais realidade do que nunca, duas guerras sem fim em seus horizontes, a natureza cobrando a irresponsabilidade dos homens, a lembrança de que a nossa democracia é ainda muito frágil e, por isso, existe a necessidade de estarmos sempre vigilantes, e pessoas que fazem o bem sendo perseguidas por pessoas que se dizem de “bem”. 

Por que tanta surpresa? Só estamos testemunhando, em tempo real, as consequências das escolhas que a humanidade fez até aqui. Mas nunca devemos perder de vista que o essencial, apesar desse cenário, sempre é e sempre será a vida. Nossa sobrevivência está intrinsecamente ligada à preservação da nossa casa, a nave mãe, que, por enquanto, segue com seu brilho azul ao redor do sol. 

Se a ficha ainda não caiu, é bom sabermos que nosso estilo de vida está por um fio. Já passou da hora de compreendermos as consequências disso. Tudo que existe não vai durar para sempre e é preciso encararmos essa realidade e tentarmos enfrentá-la com coragem, buscando maneiras de melhor lidarmos com o inevitável. Que seja bem-vindo, 2024! 

Assim sendo, é imperativo que cultivemos a gentileza com os outros, com o que temos ao nosso redor e, sobretudo, conosco. Devemos enxergar a natureza com outros olhos e entender os sinais que ela nos manda. É preciso nos sensibilizarmos com tantas vidas sendo perdidas pela desigualdade e injustiça, pela intolerância, pela falta de amor ao próximo. 

Que essa consciência e determinação em enfrentar os desafios atuais inspirem não apenas a reflexão, mas também a ação positiva em direção a um futuro mais sustentável e harmonioso em todas as instâncias e para todos. Existem ideias transformadoras por aí. Existem pessoas querendo fazer a diferença. Devemos abrir o caminho para elas, pois podem nos ajudar a consertar a confusão na qual estamos metidos. 

Se os acontecimentos se impõem, não nos resta alternativa: é preciso refletirmos sobre o que é exatamente essencial. Se estamos no meio do caos, surge a necessidade de buscarmos inspiração, de transpirarmos ideias e, acima de tudo, de respirarmos fundo.

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Marcos Araújo

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