Agentes de saúde e endemia fazem manifestação contra atraso no INSS
Cerca de cem servidores se reuniram para pedir melhorias para a categoria e advertem para possibilidade de greve
Cerca de cem agentes comunitários de saúde e de combate a endemias se reuniram em frente à Câmara Municipal de Juiz de Fora na manhã desta segunda-feira (25), após assembleia, para reivindicar demandas antigas da categoria. De acordo com o Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde e dos Agentes de Endemias (Sindace – Zona da Mata), os trabalhadores não contam com plano de carreira e não recebem o repasse do incentivo adicional desde janeiro. Além disso, os servidores relataram que também convivem com atrasos no depósito do INSS.
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“Há anos nós reivindicamos essas questões e não somos atendidos. Por isso, decidimos aderir ao movimento de tartaruga e vamos realizar os cadastros no SUS de forma lenta até o dia 6 de outubro. É através da alimentação dos cadastrados, com atualização de endereço, do cartão SUS, da marcação de visitas domiciliares, que as verbas são enviadas para a Prefeitura”, afirma a presidente do Sindace, Rita das Dores Duque.
Incentivo financeiro aos agentes
A principal queixa dos trabalhadores é a falta do repasse do incentivo financeiro, que eles receberiam conforme produtividade. O benefício é prerrogativa do Governo do Estado e, segundo a presidente do Sindace, a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) já teria recebido esse valor, mas não repassou para os trabalhadores. Em nota enviada à Tribuna, a PJF alegou que está ciente das demandas e “estuda, dentro dos limites fiscais e orçamentários, como será possível fazer o encaminhamento dos pedidos solicitados pela categoria”.
A representante do sindicato ainda destacou que os profissionais foram fundamentais durante a pandemia e, mesmo assim, eles não receberam nenhum incentivo ou acompanhamento psicológico. “Nós esperamos que a Prefeitura reconheça que nós temos direitos. Tem muitos agentes que fazem tarefas que não são deles. Já tivemos agentes comunitários agredidos nas UBS da região, por exemplo. E a Prefeitura não arruma uma solução. Nós queremos respeito e valorização.” Segundo Rita, caso a PJF não retorne os questionamentos dentro do prazo de 11 dias, os profissionais afirmaram que vão entrar em greve.