Nova adutora vai acrescentar mais mil litros por segundo ao abastecimento de JF
Obra pode garantir o água para uma população de até 958 mil habitantes; equipamento deve operar com a capacidade máxima em 60 dias
Juiz de Fora passa a contar com uma nova adutora que irá acrescentar mais mil litros por segundo no abastecimento de água do município. A obra foi inaugurada nesta terça-feira (13) pela Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), ainda em comemoração ao aniversário de 173 anos da cidade. Segundo a Companhia de Saneamento Municipal (Cesama), a quarta adutora vai ampliar o transporte de água entre as unidades de tratamento da companhia até o centro e garantir um melhor fornecimento pelos próximos 70 anos.
A nova adutora tem por volta de 7.500 metros de extensão e conta com tubos de 900 e 1.200 milímetros de diâmetro, o que permite vazões de água entre 680 litros por segundo (l/s) e 1.200 l/s, de acordo com a necessidade. Conforme previsão da empresa, essa capacidade poderá abastecer uma população de até 958 mil habitantes nas próximas décadas. A obra teve início em 2021 e custou cerca de R$ 35 milhões.
A tubulação começa na Estrada da Remonta, entre a Estação de Tratamento de Água (ETA) Marechal Castelo Branco e o Bairro Parque das Torres, passando pelo Rio Paraibuna até o Acesso Norte, na divisa entre a comunidade de Barbosa Lage e o Colégio Militar, seguindo até Santa Terezinha e cortando novamente o Paraibuna, onde se interliga ao sistema de distribuição da Cesama.
“A adutora já está operando há um mês e nós tivemos pequenos deslocamentos na tubulação, que foram rapidamente corrigidos. Dessa forma, nós estimamos que o suporte estará operando com sua capacidade máxima em um prazo máximo de 60 dias”, aponta o diretor-presidente da Cesama, Júlio César Teixeira.
De acordo com a Cesama, o novo equipamento será uma alternativa para a segunda adutora, que foi construída em 1970 e é responsável por conectar a ETA Marechal Castelo Branco ao Centro. A nova adutora também conta com uma localização que facilita os reparos, diferentemente da segunda, que tem um acesso mais difícil para a manutenção, já que passa pela Mata do Krambeck . Além disso, ela pode receber o apoio da terceira adutora, que transporta a água da ETA Walfrido Machado Mendonça para levar o volume produzido nas duas até a região central.
“No caso de secas, chuvas intensas ou outras intercorrências que possam romper uma adutora, a interligação da quarta (adutora) com as outras três irá evitar um possível desabastecimento de água”, afirma Júlio.
Segundo o diretor da Cesama, o problema anterior era a possibilidade de perda do abastecimento caso ocorresse algum rompimento nas outras três estações que fazem parte da estrutura do município. “Agora, com a quarta adutora, interligada a essas três primeiras, nós temos a possibilidade de no caso de um acidente fecharmos o equipamento que sofreu o acidente e trabalharmos com a quarta adutora”.