Falha de plantão no HPS mobiliza Justiça e MP


Por Tribuna

21/07/2011 às 07h00

A recorrente falta de plantonistas no Hospital de Pronto Socorro (HPS) motivou o Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora a acionar a Justiça. Segundo o presidente da entidade, Gilson Salomão, a notificação aconteceu na semana passada e teve como objetivo resguardar os profissionais que trabalham sob condições abusivas. A situação na unidade foi denunciada pela Tribuna em matéria publicada ontem. Gilson alerta para o agravamento do problema nos finais de semana. Segundo a Secretaria de Saúde, nas noites de sábado e domingo, por exemplo, não há clínico geral para atendimento de porta. Outros oito plantões, de 12 horas cada, ficam descobertos em pelo menos uma especialidade – clínica, ortopedia, cirurgia e psiquiatria. A desassistência é oficial, afirma Salomão.

As lacunas nos plantões da unidade também são alvo de investigação pela Ministério Público Estadual (MPE). De acordo com o promotor da Saúde, Rodrigo Ferreira de Barros, foi solicitado à direção do HPS que apresente esta manhã o quadro completo das escalas de plantão. Pedimos a colaboração do Conselho Regional de Medicina (CRM) para apontar as deficiências mais graves nessa situação.

A defasagem de recursos humanos é parte de inquérito instaurado pelo Ministério Público para apurar as condições gerais do HPS, incluindo problemas sanitários constatados pela Vigilância Sanitária Estadual e a regularidade na assistência. O promotor informa que vai vistoriar hoje as dependências do hospital. Acredito que até sexta-feira teremos concluído relatório que apontará a demanda do Ministério Público quanto a essas questões. A partir disso, vamos buscar reunião com o prefeito, no sentido de equacionar os problemas até que a implementação do novo Hospital Regional possa suprir a deficiência, afirma Rodrigo de Barros.

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.