Pesquisa aponta para estabilidade entre os candidatos; em Minas, Zema pode ganhar no primeiro turno

Por Paulo Cesar Magella

Faltando apenas duas semanas para as eleições, os recentes números do Datafolha apontam para uma estabilidade na corrida eleitoral: Lula 45%; Bolsonaro, 33%; Ciro Gomes, 8%, e Simone Tebet, 5%. Na avaliação do cientista político Rubem Barboza, essa estabilidade, que já vem de algum tempo, acolhe alguns movimentos que são importantes para a campanha. “O Bolsonaro diminuiu a distância de Lula aqui em Minas, mas, por outro lado, o Lula reduziu a distância no Centro-Oeste e entre os evangélicos”.  Segundo Barboza, alguns movimentos são capturados de forma muito tênue, o que aumenta a margem de erro. Quando há o viés religioso, ela sobe para quatro pontos percentuais.

Ações para mudar o atual cenário devem ser adotadas na reta final

Essa estabilidade, de acordo com o professor Rubem Barboza, não indica uma reta final morna. Cada candidato vai trabalhar para mudar esses movimentos identificados na pesquisa: Lula vai tentar ganhar no primeiro turno e Bolsonaro vai tentar impedir, levando a disputa para uma segunda rodada. “Haverá movimentação nessas duas últimas semanas de campanha, quando as estratégias vão acentuar padrões que favorecem um e  outro. Será uma campanha a jato, que pode ter algum efeito.

Zema tem chances de ganhar no primeiro turno

Em Minas Gerais a situação também é de estabilidade. “Zema continua jogando parado, mas se mantém firme na sua posição, que pode, inclusive, levar a uma vitória no primeiro turno. O Kalil terá que fazer um movimento hercúleo para impedir. Será um cenário idêntico ao nacional: um para ganhar no primeiro e o segundo para impedir. Os demais candidatos não encontram relevância nos números”. Segundo o professor, em Minas Kalil depende de Lula, mas não dá votos adicionais ao petista. Já vários eleitores de Lula aceitam Zema sem problema.

Sem o Censo nacional, institutos divergem em pesquisas

Finalmente, o professor Rubem Barboza adverte para as diferenças de números entre os diversos institutos. “Pesquisas apontam tendências. Há diferenças razoáveis entre os principais institutos Datafolha, Ipec (antigo Ibope) e Quaest em função de não ter havido um censo. A base amostral das pesquisas mostram diferenças razoáveis. Salários, auxilio, pobreza, classe média. Tudo isso contribuiu para discrepâncias.”

Paulo Cesar Magella

Paulo Cesar Magella

Sou da primeira geração da Tribuna, onde ingressei em 1981 - ano de fundação do jornal -, já tendo exercido as funções de editor de política, editor de economia, secretário de redação e, desde 1995, editor geral. Além de jornalista, sou bacharel em Direito e Filosofia. Também sou radialista Meus hobbies são leitura, gastronomia - não como frango, pasmem - esportes (Flamengo até morrer), encontro com amigos, de preferência nos botequins. E-mail: [email protected] [email protected]

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