A vigilância e a oração
Todo tempo é de Deus, que nos brinda com os minutos, as horas, os anos, os séculos, a eternidade, enfim. Reflitamos que, embora nossa filiação divina, os ecos do tempo em que vivemos, em nível individual e coletivo, associam-se ao livre arbítrio de cada alma. Nossas ações repercutem em nossa vida e em torno de nós. Tudo é energia e se liga num processo de causa e consequência, por vezes com efeitos imediatos, por outras a longo prazo.
Analisando sob esse prisma, cada qual de nós está a todo tempo construindo forças que equilibram ou desequilibram, que edificam para o bem ou corrompem, forças essas que, inevitavelmente, retornam ao nosso círculo. É a lei de ação e reação.
Sendo assim e diante dos tempos tormentosos pelos quais ora a humanidade passa, não nos iludamos quanto à nossa parcela nos acontecimentos nem responsabilizemos a outrem ou a forças naturais ou, ainda, a instituições ou governança. O acaso não existe.
Dona Isabel Salomão de Campos, à frente da direção da Comunidade Espírita “A Casa do Caminho”, destaca a atualidade da orientação de Jesus: “Vigiai e orai”.
E como vivenciar a vigilância e a oração? D. Isabel esclarece que a vigilância vem antes da prece; ela impulsiona a prece na busca dos ideias e metas do espírito, quais sejam a saúde, o equilíbrio do lar, a felicidade no trabalho e na vida. Se orarmos sem a vigilância anterior de nossos pensamentos e atitudes, nossa prece não alcançará seu objetivo. É a vigilância a força que a criatura adquire para chegar à felicidade almejada. São as chamadas preces poderosas às quais Jesus está sempre respondendo, explica a médium. A vigilância é força na caminhada, trazendo a paz e a esperança tão desejadas. Esperança que se renova, também, a partir das palavras da nossa querida d. Isabel, trabalhadora do Cristo na Terra: “Ainda que haja tumulto lá fora, o Cristo de Deus jamais abandonou ou abandonará a humanidade”.
Buscando outra referência igualmente segura, lembramos mensagem orientadora de Emmanuel, pela psicografia de Chico Xavier, que nos diz que, apesar de calamidades assolarem a Terra, hábitos novos e fatos infelizes conturbarem a vida em torno, o que realmente vale é o que se passa dentro de nós. Daí a vigilância no nosso modo de sentir e agir.
E somente Jesus é suficientemente forte para orientar sentimentos e ações na busca da paz íntima e da evolução espiritual a que somos chamados, convidando-nos ao trabalho de progresso pelo amai-vos uns aos outros, perdoai 70 vezes sete vezes, fazei aos outros aquilo que você gostaria que lhe fizessem.
Busquemos no Mestre Amigo a inspiração diária para a vigilância, procurando lhe seguir os passos, a fim de que nossa prece e ideais sejam santificados, fazendo luz em nosso íntimo, em nossa vida e no próximo que de nós se aproximar: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação” (Jesus).
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