Rocha é implodida em obra localizada na Avenida Rio Branco
Operação, que tinha sido marcada para junho, foi realizada na tarde desta quarta por engenheiros da construção; moradores consideraram procedimento seguro
A implosão de uma rocha localizada em uma obra foi realizada, na tarde desta quarta-feira (25), por volta das 15h, no alto da Avenida Rio Branco, no Bairro Cruzeiro do Sul, Zona Sul. Para a operação, o trânsito na via foi interditado no trecho entre a Rua Ibitiguaia e a Avenida Joaquim Vicente Guedes para a detonação da pedra na obra localizada em frente ao número 5.250 da via. Pelo prazo de cerca de dez minutos, também não foi permitida a circulação de pedestres no trecho de interdição, nem a circulação de veículos na Avenida Presidente João Goulart, onde estão instalados um supermercado e uma faculdade.

A operação era para ter sido realizada em junho, mas a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) anunciou a suspensão do alvará da obra, o que impediu a realização da explosão naquela ocasião. Na época, moradores do entorno fizeram manifestação contra a detonação, alegando que receberam uma comunicação tardia do evento, que exige a evacuação de todo o entorno.

Nesta quarta, a PJF informou que a empresa responsável pelo desmonte da rocha apresentou à Secretaria de Sustentabilidade em Meio Ambiente e Atividades Urbanas (Sesmaur) todos os documentos exigidos para liberação do alvará de licença da obra. “Dois engenheiros da empresa são os responsáveis técnicos pela demolição de rochas e, portanto, têm como atribuição fazer a análise para garantir que não haverá impacto para os terrenos próximos”, informou o Executivo Municipal.
Após a explosão, o funcionário de uma loja ao lado do local da detonação, Iuri Muller, disse que o procedimento foi bem tranquilo e que apenas sentiu um leve tremor. “Quando o ônibus passa na rua o tremor é até maior. O maior problema foi com a interdição do trânsito na via, o que causou a irritação para os clientes da loja, que não puderam estacionar no local”, afirmou. Elcivar José Ignácio, proprietário de uma oficina mecânica próxima do local, também considerou o procedimento seguro. “Pareceu a explosão de uma ‘cabeça de nego’. Imaginávamos que seria algo estrondoso, mas aconteceu o contrário”, disse.
A síndica de um condomínio no entorno contou que havia um receio muito grande por parte dos moradores, uma vez que o edifício deles fica a cerca de cem metros do local da detonação. “Já havia a questão da interdição de prédio com risco de desabamento na via, no ano passado, além de o local possuir um trânsito intenso. Então, havia um receio, mas graças a Deus a detonação de hoje foi tranquila, e esperamos que a outras também sejam, porque sabemos que existem outras técnicas que não usam explosivos e que seriam ideais em uma área com moradores”, avaliou.
Segundo a PJF, todo o procedimento será repetido no sábado (28), com a proibição de estacionamento para veículos no final da noite da sexta-feira (27), em todo o trecho a ser interditado para implosão. Os agentes de transporte e trânsito da Secretaria de Mobilidade Urbana (SMU) vão fazer monitoramento no local e, cerca de uma hora antes da detonação, a equipe estará com um efetivo maior na área de interdição para controlar o fechamento e posterior liberação da via.