O que sentia é o oposto perfeito do que dizia, como paralelas que nunca coincidem, embora vez ou outra fiquem absurdamente próximas. “Nunca se cruzam e não há ponto comum entre elas”, recordava-se do professor babaca de Geometria falando. E concluía que era isso mesmo. Dizer e sentir: quando dizia demais, sentia pouco. Quando sentia demais, silêncio sepulcral. Fina ironia sua psiquê ser tão explicável em exatas.