Executivo da OMS diz ser prematuro afirmar que Covid-19 será contida até o fim do ano

Segundo ele, prioridade é reduzir as hospitalizações e ampliar o máximo possível a vacinação


Por Gabriel Bueno da Costa (Agência Estado)

01/03/2021 às 17h28

Diretor executivo da Organização Mundial de Saúde (OMS), Mike Ryan afirmou nesta segunda-feira (1º) que seria “muito prematuro e não realista” acreditar que a Covid-19 pode ser encerrada até o fim deste ano. Segundo ele, a prioridade da entidade agora é reduzir as hospitalizações e ampliar o máximo possível a vacinação.

Durante entrevista coletiva da entidade, Ryan apontou que os dados disponíveis sobre as vacinas “são realmente encorajadores”. Segundo ele, esses dados sugerem que os imunizantes funcionam para reduzir o risco de contaminação e de desfechos graves da doença. Mas advertiu: “No momento, o vírus está no controle” da situação. “Há alta potencial de casos em vários países”, complementou.

Também presente na coletiva, a epidemiologista responsável pela resposta da OMS à pandemia, Maria Van Kerkhove, comentou que os dados da semana passada, que mostraram alta nos casos da Covid-19 pelo mundo, são um alerta de que, caso a população baixe a guarda, o vírus terá novo ganho de impulso. Kerkhove defendeu a reabertura de escolas como prioridade, mas pediu que as pessoas limitem contatos em geral, a fim de conter a crise de saúde.

Já a cientista-chefe da OMS, Sumya Swaminathan, disse que a meta da Iniciativa Covax, que distribui vacinas pelo mundo, é acabar com a “fase aguda” da pandemia ainda neste ano.

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.