Vacinas devem levar cinco dias para chegar a estados, diz Pazuello
Manifestação é resposta à cobrança do STF sobre divulgação de um cronograma de imunização pelo Governo
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, informou nesta terça-feira (15) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que é possível distribuir uma vacina contra o novo coronavírus para estados de todo o país em um prazo de cinco dias, após o registro do imunizante ou a autorização do uso emergencial.
“Registrada uma vacina ou autorizado o uso emergencial de um imunizante, bem assim seja o imunobiológico adquirido (nos termos da legislação pertinente) e entregue no Complexo de Armazenamento do Ministério da Saúde, a previsão de distribuição para Estados e Distrito Federal é de até cinco dias”, informou Pazuello.
A manifestação foi uma resposta à decisão do ministro Ricardo Lewandowski, que cobrou de Pazuello o cronograma de imunização contra a Covid-19.
Na sexta, a gestão Jair Bolsonaro enviou o plano à Corte sem prever datas nem quais imunizantes vai usar em cada grupo.
Bolsonaro diz que não se vacinará
O presidente Jair Bolsonaro disse, também nesta terça, que não vai tomar a vacina contra a Covid-19. A declaração foi dada ao apresentador José Luiz Datena, da TV Band. Ele já foi diagnosticado com a doença em julho, mas cientistas ainda não sabem por quanto tempo as pessoas ficam protegidas de se infectar novamente. Bolsonaro ainda afirmou que “vai dar sinal verde” para qualquer imunizante contra a doença que tenha registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Inicialmente, o presidente manifestou resistência à Coronavac, vacina desenvolvida pelo laboratório chinês e o Instituto Butantã, ligado ao governo de São Paulo, de João Doria (PSDB), adversário político de Bolsonaro. Nos últimos dias, porém, o Governo federal tem afirmado que vai adquirir todos os imunizantes que tenham registro da Anvisa.
Sobre tomar a imunização, Bolsonaro tem repetido que não haverá obrigatoriedade de tomar a vacina, tema que será discutido pelo STF esta semana. A postura é diferente de outros líderes, como os ex-presidentes americanos Barack Obama, George Bush e Bill Clinton, que disseram que pretendem tomar o imunizante com cobertura das TVs, como forma de aumentar a confiança da população.