IMA alerta produtores rurais sobre vacinação contra febre aftosa

Meta é imunizar 98% do rebanho da região, estimado em um milhão de bovinos


Por Carolina Leonel

18/11/2020 às 16h41

A segunda etapa anual de vacinação contra a febre aftosa acontece até 30 de novembro em todo o território mineiro. Na primeira etapa, ocorrida entre maio e julho deste ano, destinada à imunização de todo o gado do estado, Minas alcançou índice de 97%. Neste segundo momento, deverão ser vacinados bovinos e bubalinos com idade de zero a 24 meses.

Na Coordenadoria Regional do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) de Juiz de Fora, que abrange 90 municípios da Zona da Mata e Campo das Vertentes, o índice histórico de vacinação é de 98% do rebanho da região, estimado em um milhão de bovinos, distribuídos entre 27 mil produtores rurais, segundo o coordenador regional do IMA de Juiz de Fora, Rodrigo Carvalho Fernandes.

“A vacinação pretende garantir que o rebanho fique isento a febre aftosa, que é a maior doença da área animal. É extremamente importante que os produtores rurais, que são os grandes protagonistas desses processo, cumpram o seu papel de vacinar todo o gado, garantindo a nossa defesa agropecuária, segurança alimentar e desenvolvimento sustentável do estado”, orienta.

Vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), o IMA é responsável pelo gerenciamento e fiscalização da campanha. A imunização do gado, no entanto, é de responsabilidade dos produtores rurais. De acordo com Fernandes, o produtor tem até 10 de dezembro para comprovar a vacinação, que pode ser feita por meio de declaração disponível em www.ima.mg.gov.br ou pelo Portal de Serviços do Produtor. Uma outra opção será o envio da declaração para o e-mail da unidade do IMA responsável pela jurisdição do município e, ainda, de forma presencial nos municípios em que as unidades estiverem abertas.

Febre aftosa

A febre aftosa, de acordo com equipe veterinária do IMA, é causada por um vírus altamente contagioso e que pode trazer grandes prejuízos econômicos para os produtores, pois afeta o comércio internacional. A doença é transmitida por saliva, aftas, leite, sêmen, urina e fezes de animais doentes. Também pode ser propagada pela água, ar, objetos e ambientes contaminados. Uma vez doente, o animal pode apresentar febre, aftas na boca, lesões nas tetas e entre as unhas.
Caso sejam verificados animais com estes sintomas, o produtor rural deverá imediatamente comunicar a unidade do IMA mais próxima de sua região.

Evite multas

A vacina de 2 ml, conforme o IMA, deve ser adquirida em estabelecimento da iniciativa privada credenciado para a revenda. Além disso, a vacina deve ser conservada em temperatura entre 2 e 8 graus, do momento da compra até a imunização dos animais. Recomenda-se também programar a aplicação para os horários mais frescos do dia.

O produtor que não vacinar os animais estará sujeito a multa de 25 Unidades Fiscais do Estado de Minas Gerais (Ufemgs) por animal, o equivalente a R$ 92,79 por cabeça. A declaração de vacinação também é obrigatória, e o produtor que não o fizer até 10 de dezembro poderá receber multa de 5 Ufemgs, o equivalente a R$ 18,55 por cabeça.

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