Por conta das chuvas, estrada para Ibitipoca fica comprometida

Ônibus que liga Lima Duarte ao distrito não conseguiu chegar ao vilarejo nesta quarta; aulas foram suspensas


Por Renan Ribeiro e Vívia Lima

12/02/2020 às 20h58- Atualizada 12/02/2020 às 22h58

O grande volume de chuvas que atingiu a região piorou as condições da LMG-871, que liga Lima Duarte ao distrito de Conceição de Ibitipoca. Por este motivo, o ônibus da Premier Transportes, empresa responsável por levar moradores e trabalhadores ao distrito, não conseguiu chegar ao vilarejo nesta quarta-feira (12). A informação foi confirmada pela própria empresa. A Tribuna apurou que há erosões e desbarrancamentos, fato que tem prejudicado e impedido o tráfego ao longo dos quilômetros da estrada de chão, causando prejuízos a moradores. Em comunicado postado em uma rede social, a Prefeitura afirma que decretou situação de emergência na terça e suspendeu as aulas em duas escolas municipais localizadas na Zona Rural.

Também por conta da precariedade do trajeto, as aulas foram suspensas em Ibitipoca e na área rural de Comuna do Ibitipoca. “No último sábado (8) tentaram trabalhar para amenizar a situação. Têm sido necessárias cerca de duas horas para completar a viagem de Lima Duarte à Ibitipoca, que antes durava 40 minutos. É uma situação de emergência. Apesar de várias barreiras caídas, a situação ainda está sob controle. Iremos aguardar, e, por isso, orientamos aos pais para que não levem seus filhos às escolas, diante dos riscos e da dificuldade de locomoção. Temos que nos precaver para não ocorrer danos maiores”, afirmou o prefeito de Lima Duarte, Geraldo Gomes de Souza (PMN), na tarde desta quarta.

Por conta do estado em que a LMG-871 se encontra, Fred Fonseca, integrante da Associação de Moradores e Amigos de Ibitipoca (Amai), se mostra preocupado com os prejuízos em razão da possibilidade de falta de abastecimento de algumas mercadorias. “A chuva agrava os buracos, fato ocorrido também pela passagem de caminhões pesados que abastecem as lojas de materiais de construção”, disse, orientando que, caso as pessoas necessitem ir ao vilarejo, devem utilizar veículos com tração capazes de ultrapassar os obstáculos, além de avisar a parentes e amigos em caso de incidentes no trajeto.

Cleusa Maria de Oliveira, que também é integrante da Amai, detalhou os transtornos diários decorrentes da dificuldade de acesso ao local. “O lixo não foi recolhido, isso gera um problema de saúde pública. Atrapalha ainda as compras daqueles que dependem da cidade, mas que moram no vilarejo, assim como a chegada de medicamentos, dentre outros”, afirmou.

Verba

O prefeito de Lima Duarte, Geraldo Gomes de Souza (PMN), disse que, neste momento, é impossível fazer manutenção na LMG-871, uma vez que, em virtude da continuidade das chuvas, qualquer tipo de reparo não seria duradouro. Conforme o chefe do Executivo, há uma verba parlamentar no valor de R$ 800 mil que deverá ser totalmente liberada para tal manutenção. Somados ao montante de R$ 200 mil de contrapartida da Prefeitura, R$ 1 milhão seriam necessários para resolver os problemas da estrada.

Depois de um imbróglio, a estrada voltou a ser de tutela do Estado e, apesar de o prefeito informar sobre a liberação da verba, que ainda não chegou aos cofres públicos, o Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais (DER-MG) informou à Tribuna que só conseguiria apurar sobre a manutenção da LMG-871 na manhã desta quinta-feira (13).

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