Ministério determina recolhimento de todos os produtos da cervejaria Backer
Empresa terá que suspender venda de todos os produtos fabricados desde outubro de 2019
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento determinou nesta segunda-feira (13) o recolhimento e a suspensão da comercialização de todos os produtos da cervejaria mineira Backer fabricados entre outubro de 2019 e 13 de janeiro de 2020. A medida vale também para chopes.
A venda está proibida até que seja descartada a possibilidade de contaminação dos produtos. A Backer vem sendo investigada depois da morte de uma pessoa e a internação de outras dez que teriam consumido a cerveja Belorizontina, fabricada pela empresa mineira. A Backer foi interditada pelo próprio ministério da Agricultura no último dia 10, sexta-feira.
A pasta ressalta, porém, que “até o momento não há resultado laboratorial que confirme a presença de etilenoglicol ou dietilenoglicol em outras marcas de cerveja da empresa, estes produtos estão sendo analisados e, caso existam resultados positivos, novas medidas serão adotadas”.
Segundo informações da Polícia Civil, até o momento houve confirmação para a presença do dietilenoglicol em três lotes da cerveja Belorizontina comercializados em Belo Horizonte e no Espírito Santo. Já houve a confirmação da substância no organismo de quatro pessoas que consumiram a bebida e passaram mal.
LEIA MAIS:
- Supermercados suspendem venda de Belorizontina, mas especialistas afirmam que não há motivo de alerta
- Exames confirmam 10 casos suspeitos de doença relacionada a consumo de cerveja
- Ministério da Agricultura interdita Cervejaria Backer
- Substância tóxica encontrada em cerveja pode ter relação com doença desconhecida
- Necropsia de paciente morto em JF por doença desconhecida leva mais de 6 horas
- Corpo de homem morto por doença desconhecida será necropsiado em BH
- Doença desconhecida atinge paciente internado em JF e seis em BH
Hoje, a corporação informou que foi encontrado ainda dietilenoglicol, e também monoetilenoglicol em um chiller da fábrica da Backer em Belo Horizonte. O chiller é uma serpentina que circula o tanque em que a cerveja é armazenada. As duas substâncias são utilizadas para resfriamento e, conforme a Polícia Civil, ambos são altamente tóxicos.
Nota do ministério afirma que “além da cerveja Belorizontina, o Ministério da Agricultura intimou a cervejaria a realizar recall de todas as cervejas e chopps de todas as marcas produzidas no período de outubro de 2019 até a presente data, ficando a sua comercialização suspensa até que seja descartada a possibilidade de contaminação de demais produtos. Até o momento não há resultado laboratorial que confirme a presença de etilenoglicol ou dietilenoglicol em outras marcas de cerveja da empresa, estes produtos estão sendo analisados e, caso existam resultados positivos, novas medidas serão adotadas”.
Tópicos: cerveja contaminada