Promessas


Por LUIZ CARLOS AMORIM

11/09/2014 às 06h00

Eu não gosto, mas a propaganda eleitoral – ou as promessas, muitas delas que não vão ser cumpridas e, ainda, muita lavagem de roupa suja – está em todo lugar, e a gente acaba não conseguindo escapar dela. Antigamente, havia horário eleitoral, e só lá apareciam os candidatos com suas ladainhas. Agora, os candidatos estão em todos os intervalos comerciais no rádio e na televisão aberta, então eles empurram goela abaixo da gente as suas obras primas.

Vejo promessas como creches e mais creches que atenderão todos os trabalhadores quando eles mais precisam, que é a época de férias escolares, e por aí afora: mais escolas, segurança total, etc. As promessas, se cumpridas, resolveriam problemas de muita gente. São mudanças que, se concretizadas, seriam muito bem-vindas e não seriam favor nenhum de nenhum administrador, porque eles são eleitos para nos servir, usando o nosso dinheiro. Mas sabemos que não serão cumpridas. Até porque muito do dinheiro público é desviado. Que me desmintam os candidatos que se elegerem.

Penso que deveria haver uma lei que não permitisse aos candidatos fazerem promessas que não cumprirão, que são feitas apenas para que os eleitores deem seu voto. Porque depois de eleito, o prefeito ou vereador, ou deputado, ou senador, ou governador ou presidente se esquecem do que foi prometido. Deveria haver um órgão fiscalizador – não há? – além do povo, que cobrasse a realização de tudo que o candidato eleito prometeu. Sob pena de perder o mandato.

Mais: os candidatos eleitos deveriam ter um prazo para cumprirem o que prometeram em sua campanha. Até metade do mandato, ou no máximo até completar três quartos do mandato, tudo o que foi prometido teria que estar cumprido, realizado. Nada deveria ser deixado para o final, pois senão nada será feito.

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