Taxista é atacado a golpes de canivete
Um taxista de 61 anos ficou ferido e precisou ser submetido a cirurgia depois de ser atacado com golpes de canivete durante assalto, na madrugada de ontem, no Bairro Vila Ideal, Zona Sudeste. A onda de criminalidade contra a categoria volta a expor a vulnerabilidade da classe, que espera por medidas mais eficazes para conter novas ocorrências. De acordo com a 4ª Região da Polícia Militar (4ª RPM), de janeiro a julho deste ano, foram registrados 38 roubos à mão armada a taxistas na cidade. No mesmo período do ano passado, foram 41 casos, o que mostra a estabilidade nos registros.
Na ocorrência da última madrugada, por volta de 1h30, o motorista pegou um passageiro na Rua São João, Centro, e fez uma corrida até a Rua Alexandre Joaquim Siqueira. Ao chegar no destino, o homem anunciou o roubo e sacou um canivete, desferindo golpes contra o pescoço da vítima, que também sofreu corte na mão direita ao tentar se defender. O criminoso fugiu, levando o celular do taxista usado para as chamadas de rádio.
Mesmo ferido, o condutor conseguiu pedir ajuda a outro taxista, 41, morador da rua em que houve o crime. Ele foi socorrido e conduzido ao Hospital de Pronto Socorro (HPS). De acordo com a assessoria da Secretaria de Saúde, o paciente teve um corte profundo no pescoço e permaneceu internado na sala de urgência, mas estava lúcido e seu quadro era considerado estável. A PM realizou rastreamento na tentativa de capturar o assaltante, mas nenhum suspeito foi encontrado. O caso será investigado pela Polícia Civil.
A violência contra a categoria tem afastado profissionais de algumas rotas na cidade. Essa situação já foi mostrada pela Tribuna no primeiro semestre deste ano, quando taxistas admitiram evitar certos destinos, como forma de assegurar sua integridade física, apesar de a recusa de passageiro ser ilegal. O presidente do Sindicato dos Taxistas, Aparecido Fagundes da Silva, afirmou que a preocupação é grande e que a classe está buscando equipar os veículos com aparelhagem de segurança. “Já foi aprovada a instalação de câmeras, e a Prefeitura também entendeu que seria importante a instalação de rastreadores. Estamos em fase de levantamento de custo para a aparelhagem dos carros. Isso, com certeza, irá inibir esses casos de assalto”, enfatiza o sindicalista. “Hoje o que temos de mais eficaz é a operação “Para, Pedro”, que tem pego pessoas armadas e com drogas. Por isso, pedimos que ela aconteça de forma mais frequente.” Além da operação “Para, Pedro”, a polícia realiza outras ações preventivas como a de abordagem a táxis, a fim de identificar passageiros suspeitos.