Governo de Minas tenta empréstimo para colocar salários em dia

Vice-governador também sinalizou o pagamento do 13º do funcionalismo público estadual ainda este ano


Por Juliana Netto

09/09/2019 às 20h17

Vice-governador de Minas Gerais, Paulo Brant (Novo) confirmou, nesta segunda-feira (9), que o Estado trabalha para viabilizar uma operação financeira a fim de buscar recursos financeiros e tentar regularizar o pagamento dos servidores, saldando o 13º salário do funcionalismo público estadual no exercício financeiro de 2018. Segundo informações do jornal “O Tempo”, de Belo Horizonte, Brant revelou que o objetivo é buscar um “empréstimo-ponte” com uma instituição financeira em que a Administração apresentará como garantias recursos do nióbio. O vice-governador estimou que a operação deve ser realizada nos próximos meses – até novembro – e deve tratar de valores entre R$ 4 bilhões e R$ 5 bilhões.

“Não é privatização da Codemig, é usar os recebíveis que o Estado tem como garantia para que os bancos façam esse empréstimo”, afirmou Paulo Brant, segundo publicação do jornal “O Tempo”. A fala ocorreu durante um evento organizado pelo TSX Group, em Belo Horizonte. O vice-governador disse ainda que o intuito do Governo é de viabilizar a operação financeira com juros baixos, em uma espécie de “leilão”. “A gente vai fazer uma oferta, vários bancos vão entrar. É um bom empréstimo, o risco é muito baixo.”

Quitação integral

Com a operação financeira, o Governo de Minas pretende finalizar o atual modelo de pagamentos dos servidores estaduais, que, no momento, recebem seus vencimentos de forma escalonada, em duas parcelas. Além disto, a atual gestão sinaliza ainda com o pagamento integral do 13º salário ainda este, ao contrário do que ocorreu no ano passado, quando a quitação de benefício de 2018 ficou para 2019. “Os impactos financeiros do programa de ajuste fiscal que a gente vai construir com a Assembleia vão demorar seis, sete, oito meses. Durante esse período, a ideia é ter uma sobra de caixa para poder pagar algumas coisas mais imediatas”, ponderou Brant, uma vez mais conforme publicação do “Tempo”. “São esses compromissos imediatos que a gente vai tentar resolver com esse empréstimo”, finalizou.

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