Medidas urgentes
O prefeito tem que dar uma solução definitiva para a Empav, hoje considerada um problema pela incapacidade financeira de produzir serviços e com um elevado passivo trabalhista
Na mensagem a ser encaminhada à Câmara, na qual pede autorização para contrair um empréstimo da ordem de R$ 90 milhões, tendo como garantia repasses do Fundo de Participação Municipal, o prefeito Antônio Almas justifica a necessidade de uma intensa ação para asfaltamento de ruas, especialmente pelas quais passam os coletivos urbanos, e recuperação da Empav, empresa responsável pelos serviços de pavimentação da cidade. À Tribuna, ele não descartou, sequer, o fechamento da empresa após sanar seu passivo trabalhista.
A questão deve ser vista por partes. A cidade, de fato, precisa de uma ampla operação de pavimentação de suas vias – e não apenas tapa-buraco – diante do cenário que hoje causa danos de toda a sorte. Os buracos, como reconhece o próprio prefeito, estão espalhados pelo Centro e pelos bairros da cidade, fruto de problemas de manutenção, do uso intenso das vias e do ciclo de chuvas. Para tanto, o recurso será bem-vindo, pois não há outro meio de resolver essa situação.
Quanto ao saneamento da Empav, há dúvidas sobre o seu futuro. Há quem defenda sua absorção pela Secretaria de Obras enquanto outros entendem que, recuperada financeiramente, ela possa retomar sua vocação não apenas como prestadora de serviços para a Prefeitura mas também para efetuar serviços para terceiros, garantindo a sua rentabilidade.
As duas demandas estão num relatório, em fase final de elaboração, a ser entregue ao prefeito. Seus termos são desconhecidos, mas é possível, independentemente do que seja dito, que o atual modelo precise ser revisto, pois a empresa, concebida para ser uma das frentes de ação da Prefeitura, tornou-se um problema permanente.
O relatório deve contemplar todas as possibilidades, a fim de dar ao prefeito a segurança para a tomada de uma decisão capaz de produzir resultados positivos para o município hoje, como os demais pelo país afora, fragilizado financeiramente pela crise econômica e pelo atraso dos repasses, mesmo obrigatório, das demais instâncias administrativas como Estado e União.