Laís Fiona volta de maior evento de kickboxing do continente com vitória e aliança

Antes do evento, Fiona aceitou pedido de casamento do namorado Vanderson Silva


Por Tribuna

29/10/2018 às 19h42- Atualizada 29/10/2018 às 19h46

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Fiona lutou com camisa em homenagem ao noivo (Foto: Arquivo Pessoal)

Inspiração não faltou para a juiz-forana Laís Fiona (Chakuriki) na 50ª edição do WGP, em São Bernardo do Campo (SP), no último sábado (27). Com sonho realizado ao lutar no maior evento de kickboxing do continente, a atleta local derrotou a adversária Priscila Brizola na categoria super-médio feminino (+70kg) por nocaute técnico no primeiro round, em ringue montado no Ginásio Adib Moyses Dib. Antes do evento, Fiona aceitou pedido de casamento do então namorado, Vanderson Silva, mestre dela.

“Fui pedida em casamento antes da encarada, no meio de um shopping. Lutei com uma camisa em homenagem a ele, com o nome dele e o escrito Tanque de Batalha. Porque ele é grau preto há mais de dez anos e me deu uma outra visão para as lutas. Às vezes não estava muito confiante, e ele me dizia que eu sou um tanque de batalha, inabalável, a prova de golpes e que eu não iria sentir a mão dela, porque estou acostumada a treinar com homens”, conta Fiona.

A confiança era tamanha que a lutadora, toda de verde, da roupa ao cabelo, marca pessoal da juiz-forana, lamentou a desistência da rival. “Não queria que minha adversária tivesse desistido no primeiro round. Fui ali pronta para a trocação e, quando acabou a luta, eu nem comemorei, na hora, porque queria que ela voltasse no segundo round para derrubá-la. Mas ela disse que machucou o pé e que não daria para voltar. Não sei o que aconteceu com o pé dela, mas queria nocautear no segundo round. Mas Deus sabe o que faz. Quem sabe no futuro eu a encontro e realizo esse desejo”, relata a lutadora, que também possui como mestres Carlos Silva e Popô, da Chakuriki.

Cinturão é obsessão

O primeiro trunfo de Fiona no torneio emocionou a atleta, que ficou mais próxima de outro grande objetivo em sua carreira. “Essa vitória significa muito porque entrar em um evento desse tamanho e já estrear assim é muito importante. Meu objetivo é seguir ganhando para ter a chance de disputar o cinturão do evento. É meu sonho mesmo, acompanho a lutadora (Valdirene Stanski) que tem o cinturão há muito tempo e meu sonho é fazer essa luta para ganhar o cinturão. Não vejo a hora de ter ele na minha cintura”, projeta.

A paciência, agora, é necessária para a lutadora. Ela aguarda novo contato da organização do WGP para programar o desafio subsequente. “O evento não é anual. Ele acontece diversas vezes por ano em várias cidades. Talvez pode surgir uma luta esse ano ainda. Aguardo ansiosa porque é isso que eu amo fazer. Foi a melhor experiência que tive em um ringue. Nunca lutei em um evento tão grande, fiquei muito nervosa, algo que nunca tinha sentido. Deve ter sido pela estreia, mas, com as lutas, vou me sentindo em casa. Têm atletas com mais de 60 lutas lá que batem rindo, estão muito acostumados com aquilo. E esse é meu objetivo: bater rindo, ser natural! Vou treinar muito para isso.”

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