Amar o próximo como a si mesmo


Por Denise Pereira Rebello, Comunidade Espírita "A Casa do Caminho"

29/09/2018 às 07h00- Atualizada 29/09/2018 às 17h04

Em tempos de combate, muitas vezes nos esquecemos do bom combate. Relembremos Saulo de Tarso, membro do Sinédrio, cidadão romano e perseguidor dos cristãos. Ele, que andara em combate e a serviço das vitórias do mundo, buscou o bom combate, a partir de seu encontro com o Cristo às portas de Damasco, tornando-se Paulo de Tarso, o Apóstolo. Daí para diante, renunciou a si mesmo, combateu o bom combate, na feliz expressão, e trabalhou incessantemente por vivenciar o amor e o perdão exemplificados por Jesus e por semear as verdades eternas.

O combate enxerga inimigos em toda parte, lança incompreensão e revolta, cria estratégias para saborear a derrota do outro, entre alegrias passageiras e ilusórias vitórias. No combate, distanciamo-nos dos ensinos de Jesus, cultivamos a discórdia e a separatividade.

Por outro prisma, o bom combate volta o olhar para nós próprios, nossas imperfeições morais e dificuldades. Nesse exercício, devemos cultivar a reflexão e a corrigenda em nós do que nos aborrece nos outros, em um trabalho íntimo e silencioso.

Amar o próximo como a si mesmo, na extensão que Jesus ensinou e exemplificou, significa fazer ao outro o que se deseja para si. Esse amor não é o afeto egoísta, que se restringe a um círculo estreito de parentes ou amigos, tornando-se indiferente aos demais. Mas, sim, o amor que, partindo da reforma íntima e do bom combate, faça-nos chegar a amar, pouco a pouco e sem distinção, a todos.

Nesse sentido, lembramos também e homenageamos dr. João de Freitas, alma sublime, trabalhador do Cristo, que, nas palavras de d. Isabel Salomão de Campos: “É a presença de luz, é a presença de amor, de fraternidade, de equilíbrio, de Cristianismo. (…) É a presença amiga, constante, do médico que conhece Jesus de perto, que cicatriza feridas, que enxuga lágrimas. (…) Ele, que tem valor e progresso para viver em planos superiores, pediu a Jesus para permanecer junto à crosta, onde há lágrimas, onde há ranger de dentes, para que ele possa servir ao oprimido, o sacrificado junto ao corpo físico. (…) Eu creio na felicidade aqui neste mundo porque existe dr. Freitas junto de nós…”.

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