Febre amarela: a epidemia vai acabar?
Por Netinho Rocha, Estudante de Jornalismo
“A doença já existe há mais de 300 anos e matou mais de quatro mil pessoas em todo o mundo.”
Não foi em 2016 e 2017 que a febre amarela começou. Na verdade, o vírus começou a atacar na Europa antes mesmo dos anos 1700. Foi em 1730, na Península Ibérica, que se deu a primeira epidemia, causando a morte de 2.200 pessoas. Já no Brasil, a febre amarela apareceu pela primeira vez no ano de 1685 no Estado de Pernambuco, e ficou por lá durante dez anos. Na época, a epidemia também chegou a Salvador, causando a morte de 900 pessoas, e por ali ficou durante seis anos. A epidemia foi controlada através de campanhas, ficando em silêncio por 150 anos.
O vírus voltou a atacar entres os anos 1980 e 2004, com 662 casos confirmados de febre amarela silvestre, sendo 339 óbitos.
No ano passado, a epidemia voltou a atacar novamente. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, só no nosso estado, até a semana passada, já foram confirmadas 86 mortes, sendo quatro em Juiz de Fora, além de mais 11 pacientes internados com a doença na cidade.
E como será que ficam as famílias que perderam um ente querido por causa da doença? Com certeza, muitas delas ainda com esperança de que um dia essa epidemia vai acabar. Mas, mesmo assim, essa febre acabando, nada trará o seu ente de volta.
Mas o que devemos fazer para diminuir ou acabar de vez com os mosquitos transmissores da febre amarela, o Haemagogus e o Aedes aegypti?
Em Juiz de Fora, um paciente com sintomas da doença teve alta após ingerir um medicamento, ainda em fase experimental, contra hepatite C. Ele chegou a passar por dois hospitais da cidade e, no dia 9 de fevereiro, foi levado às pressas para o Rio de Janeiro.
Como o medicamento ainda está em teste, o que nos resta é tomar a vacina, que é a maneira mais eficaz de se prevenir. Não podemos nos esquecer também do uso de repelentes. Além disso tudo, temos que combater os mosquitos transmissores, não deixando água parada.
Portanto, a febre amarela sempre vai existir, mas, com a ajuda da população, podemos acabar com a epidemia.
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