Uma cidade para todas as idades
O principal é colocar na agenda da cidade e dos poderes públicos as demandas, os desejos e os interesses dos cidadãos idosos que vivem em Juiz de Fora
Para um exercício de prestação de contas de nossas ações realizadas na cidade com o trabalho social com parcela da população idosa, apresento algumas conquistas e alguns desafios no tratamento público direcionado às pessoas idosas da cidade. Pela primeira vez, existe na gestão pública municipal a presença muito importante de uma Coordenadoria de Políticas Públicas para as Pessoas Idosas, nas mãos competentes e sensíveis do assistente social Rogério Rodrigues. É um avanço a ser destacado em 2017, que já disse a que veio ao elaborar um projeto social denominado Centro-Dia para pessoas idosas.
Um outro passo significativo na consolidação do tão desejado protagonismo das pessoas idosas é a criação da Câmara Sênior. Nos moldes da Câmara Mirim e do Parlamento Jovem, que são experiências exitosas e consolidadas, a Câmara Sênior emplacou neste ano que se finda, com composição de uma Mesa Diretora e um planejamento de trabalho rascunhado por todo/as os/as seu/as integrantes. Para mim, é o ponto alto de todo o nosso trabalho social realizado neste ano. É de um alcance, e de uma profundidade, sem igual na construção da cidadania das pessoas idosas em Juiz de Fora. Entra para a minha memória para todo o sempre.
Pelos lados do Conselho Municipal de Direitos da Pessoa Idosa (nova denominação oficial), a regularização do Fundo Municipal de Promoção à Pessoa Idosa representa um outro patamar nas relações com as instituições que desejam patrocinar e/ou produzir ações científicas sobre essa população. É a injeção de ânimo que faltava à dinâmica das reuniões do conselho ao longo dos seus 20 anos de existência. Com o fundo, o conselho está habilitado a receber recursos financeiros de agências nacionais e até internacionais na promoção de eventos, os mais distintos, na promoção e na defesa dos direitos dos idosos no município.
Um outro ponto merecedor de destaque é a sequência das atividades desenvolvidas pela Comissão Permanente de Defesa dos Direitos dos Idosos da Câmara Municipal. Reúne vários representantes de diversas entidades que trabalham com a população idosa na comunidade local. Essa comissão foi instalada no ano de 2012 e, de lá para cá, não parou de trabalhar. Pelo contrário: é uma das comissões mais atuantes do Legislativo Municipal, como atestam alguns vereadores que dela fazem parte. Entre outras ações dessa comissão, há que se destacar as singelas homenagens prestadas às pessoas idosas centenárias que vivem em Juiz de Fora, realizadas no mês de maio (9 de maio é o Dia Municipal da Pessoa Idosa).
O trabalho social com as pessoas idosas está bem articulado e tende a se expandir cada vez mais. Nesse sentido, tendo em vista a chegada do próximo ano, temos deliberado, na última reunião do ano de 2017, dois grandes expedientes de trabalho: reuniões temáticas com os gestores públicos municipais e realização do Fóruns Regionais da Terceira Idade.
Para esses avanços, temos também a fixação de alguns desafios. O principal é, na minha opinião, colocar na agenda da cidade e dos poderes públicos as demandas, os desejos e os interesses do/as cidadãos idoso/as que vivem em Juiz de Fora, que são mais de 90 mil pessoas. Essa é uma tarefa de todos nós. Afinal de contas, o que nós desejamos para 2018 é uma cidade para todas as idades.