Manifestantes se reúnem contra a PEC 181 em JF

Ato, que teve concentração no Parque Halfeld, mobilizou homens e mulheres contrários à proposta


Por Vívia Lima

16/11/2017 às 19h18- Atualizada 16/11/2017 às 20h14

pec marcelo
Após concentração, grupo pretendia descer o Calçadão da Halfeld (Foto: Marcelo Ribeiro)

Manifestantes contrários à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 181, que deu parecer favorável à proibição do aborto no país sem ressalvas para qualquer tipo de justificativa – entre elas estupro, risco à vida da mulher e bebês com má formação do cérebro -, se reuniram em Juiz de Fora na tarde desta quinta-feira (16), na Parque Halfeld, em frente à Câmara Municipal. O texto-base da PEC passou por comissão mista na Câmara dos Deputados em 8 de novembro e, para entrar em vigor, depende ainda de aprovação do plenário da Casa e do Senado.

Para a organizadora do 8M (Movimento de Mulheres em Luta), Lucimara Reis, apesar de parecer que as pessoas estão informadas sobre o assunto, elas ainda precisam de esclarecimento. “Por isso, desde a manhã, nós visitamos portas de fábricas e empresas para panfletar e esclarecer que a mulher precisa decidir sobre seu corpo. Com esse movimento, tivemos a certeza da necessidade de atos como este. Não podemos aceitar esse retrocesso”, desabafou. Ao microfone, representantes de coletivos feministas explanaram sobre temas que versam sobre o universo das mulheres e seus direitos.

A manifestação, que aconteceu também em outras cidades brasileiras, foi organizada nas redes sociais e, em Juiz de Fora, contou com mais de 400 pessoas confirmadas. A organização não quis estimar o número de presentes. Com a aprovação do texto-base, os deputados da comissão passarão a analisar, no próximo dia 21, sete destaques que podem alterar o conteúdo da proposta. Nas redes sociais, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), escreveu na última sexta-feira “proibir aborto em casos de estupro não vai passar na Câmara”.

 

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.