Sindicato dos Vigilantes quer investigação minuciosa sobre homicídio no Novo Triunfo
Após a morte de um vigilante, assassinado em um condomínio do Minha Casa Minha Vida, no Bairro Novo Triunfo, Zona Norte de Juiz de Fora, na noite de quinta-feira (18), o Sindicato dos Vigilantes de Juiz de Fora notificou a Caixa Econômica Federal para que o órgão possa solicitar investigação minuciosa da Polícia Federal. De acordo com o presidente da categoria, Josias Luciano Rosa, o sindicato tem o entendimento de que a Polícia Civil, apesar de sua autonomia, não deveria atuar diretamente no caso, por ser o local de responsabilidade da Caixa e não da Prefeitura. “A empresa de segurança foi contratada pela Caixa e o local de base utilizado pelo profissionais também é de propriedade da instituição” afirma ele, acrescentando que “a Caixa foi omissa com relação ao episódio e não prestou nenhuma assistência, nem mesmo procurou as famílias para dar apoio”.
O ofício será ainda encaminhado para a Federação Nacional dos Vigilantes, a Confederação Nacional de Vigilantes & Prestadores de Serviços (CNVPS), além da Força Sindical, que devem acompanhar o andamento do caso. “Não queremos que esse ato covarde e desumano caia no esquecimento. A morte do Oltair não pode ser mais um número da violência da cidade. Os bandidos entraram para matar e roubar as armas. Os dois trabalhadores já haviam relatado medo em atuar no condomínio. Por ser um local violento, os profissionais representavam uma ameaça para criminosos”, relata Josias.
Oltair Trindade Garcia trabalhava como vigilante há 20 anos e foi diretor do sindicato por uma década, durante dois mandatos (2003 a 2013), e sempre prestou serviço no horário noturno, sendo considerado por colegas como um profissional com vasta experiência. O sepultamento dele está marcado para às 8h deste sábado (21) no Cemitério Municipal.
A assessoria da Polícia Civil informou que, apesar de ser um roubo seguido de morte, portanto latrocínio, o caso foi encaminhado, a princípio, para a Delegacia Especializada em Homicídios.
Por nota, a Caixa informou que, com relação aos casos de segurança pública, “encaminha denúncias à Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), conforme Portaria Interministerial nº 647/2014, com objetivo de integrar ações preventivas e corretivas de condutas ilícitas em programas habitacionais da União”. A Caixa não esclareceu sobre a situação do contrato com a empresa de vigilância.