Dia da Luta Antimanicomial é celebrado com eventos de conscientização
Com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância do tratamento humanizado para pessoas com sofrimento mental, a Secretaria de Saúde vai promover diversos eventos nesta quinta-feira (18), Dia da Luta Antimanicomial. Conforme a gerente do Departamento de Saúde Mental da secretaria, Andreia Stenner, a data celebra a reforma psiquiátrica brasileira, que “quer garantir a melhoria da qualidade da assistência para essas pessoas, revertando o modelo anterior, caucado na exclusão e segregação”.
Uma mesa redonda para trabalhadores na área de Saúde dá início à programação nesta quinta. “Com a realização da mesa redonda, queremos sensibilizar os trabalhadores da Saúde para entender a mudança pela qual o município de Juiz de Fora passou recentemente. Queremos transmitir esse aprendizado com a loucura, convocando as pessoas a pensar.” O evento acontece de 9h ao meio-dia e conta com a participação de profissionais que atuam na área.
Na quinta-feira, das 9h às 17h, diversas atividades serão realizadas na Praça Antônio Carlos. O “Pirando na Praça” é aberto à população. “Cada Caps terá uma barraca com os produtos produzidos pelos usuários nas oficinas terapêuticas. O desfile ‘Superar é Genial’ será feito em parceria com a UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora), e vai homenagear figuras importantes que enlouqueceram, mas que, de alguma forma, contribuíram para o avanço da humanidade, como Van Gogh. Queremos usar um espaço público para ter contato mais próximo com a população.”
Um torneio de futebol envolvendo usuários de Caps de toda a região encerra a programação na sexta-feira, das 8h às 16h30, na quadra do Sport Clube. “Os usuários adoram o dia do futebol, que também é uma forma de inserção. Ainda há muito preconceito e muitas pessoas que não conhecem o trabalho do Caps. Muitas têm a visão de que a única forma de tratamento é a internação, mas ela é um dos recursos do tratamento. Esperamos que essas atividades possibilitem que o usuário tenha, de fato, voz e lugar na sociedade”, concluiu Andreia Stenner.