Maioria chega a cidade por negócios
A maioria dos turistas (53,5%) chega a Juiz de Fora a negócios, enquanto 16,2% frequentam a cidade para visitar familiares. Outros motivos para aportar aqui são eventos sociais, culturais, técnico-científicos e esportivos (7,8%), saúde (4,5%), lazer (7,4%), educação e ensino (3,1%), entre outros. As principais cidades de origem são Belo Horizonte (16,2%), Rio de Janeiro (14,4%), São Paulo (12,4%) e Campinas (3%). Dentre os entrevistados, 98% pretendem voltar.
Esses são os principais dados do projeto de iniciação científica “O turista que a cidade tem, a cidade que o turista quer”, realizado pelo curso de Turismo da UFJF. Para o projeto, foram entrevistados 512 visitantes que estiveram na cidade no ano passado. Segundo o coordenador da pesquisa, professor Marcelo Carmo Rodrigues, bolsistas voluntários do curso aplicaram questionários no hall de hotéis, no Terminal Rodoviário Miguel Mansur e no Aeroporto Itamar Franco. Os dados foram coletados no período de maio a dezembro de 2016.
Conforme o professor, a sondagem aponta para uma curta permanência no município. A média é de um pernoite (31,4%) e apenas 16% dos visitantes permaneceram na cidade por mais de cinco noites. Os gastos médios são considerados altos. Dentre os entrevistados, 18,9% declararam ter gasto mais de R$ 401.
O levantamento também pesquisou outras variáveis do perfil do turista, como o meio de transporte utilizado, o tipo de hospedagem e os motivos que fariam o turista voltar. De acordo com os dados coletados, a recepção e o atendimento (11,8%), a localização (7,5%), a infraestrutura do hotel (6,8%) e a limpeza (1,9%) foram apontados como pontos fortes do município, enquanto internet (3,2%), café da manhã (2,4%), instalações (2,2%), alimentos e bebidas (1,6%) e barulho (1,2%) foram indicados como pontos fracos para o turismo em Juiz de Fora.
“A importância dessa pesquisa reside no fato de representar a continuação de trabalhos científicos desenvolvidos anteriormente e por permitir avanços na pesquisa social em turismo – ainda incipiente – na UFJF. O projeto atende a uma demanda da comunidade e do curso de Turismo, além de reafirmar o papel central que a universidade exerce na ampliação da pesquisa social, que busca respostas para questões diretamente ligadas ao homem e suas relações socioculturais”, afirma o professor.