Vinte detentos do Ceresp são transferidos após início de motim


Por Juliana Netto

01/05/2017 às 13h11- Atualizada 01/05/2017 às 13h15

Vinte detentos do Centro de Remanejamento Prisional (Ceresp) de Juiz de Fora foram transferidos na noite deste domingo (30) após o início de um motim ocorrido sábado. A informação foi confirmada pela Associação do Sistema Socioeducativo e Prisional de Juiz de Fora (ASSPRIJUF). . No sábado, o Corpo de Bombeiros foi acionado para debelar as chamas dentro do local. O fogo teria sido ateado por presos em colchões durante um início de rebelião. Além do fogo, algumas celas teriam sido quebradas. A Polícia Militar também foi acionada.

Logo após saber do tumulto, familiares de presos seguiram para a unidade em busca de notícias. Ainda na madrugada, a situação havia sido controlada, como informou a PM. Todo o efetivo de agentes penitenciários que atua na unidade foi acionado para controlar a situação. De acordo com os bombeiros, um detento precisou de atendimento médico. Por conta do tumulto, as visitas de domingo precisaram ser suspensas.

Uma esposa de um interno informou que a confusão teria iniciado após a morte de um preso no fim da noite de sexta-feira. Conforme o documento policial, Antonilson Tavares, 32, sofreu uma parada cardiorrespiratória. Ele estava junto de outros detentos na sala 30 e por volta das 21h20, pediu ajuda. Ainda conforme o boletim de ocorrência, o preso estava ofegante e suando muito, reclamando de dificuldade respiratória. Os agentes penitenciários disseram aos policiais que providenciaram a retirada imediata da vítima para direcioná-la ao atendimento médico. No entanto, na entrada da inspetoria, o homem cambaleou e caiu, aparentemente infartando.O Samu foi acionado, e os agentes fizeram manobras para mantê-lo vivo até a chegada do socorro. No entanto, ele não resistiu e morreu no Ceresp, às 22h05.

A perícia da Polícia Civil realizou os levantamentos, e o corpo foi encaminhado para necropsia no Instituto Médico Legal (IML). O exame deverá apontar a causa da morte. Conforme a PM, Antonilson não apresentava sinais de violência e já tinha histórico de problemas respiratórios. Também não havia relatos de atrito entre ele e os outros companheiros de cela.

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