Sindicatos patronais garantem dia normal
A maioria dos sindicatos patronais e representantes do poder público ouvidos pela Tribuna considera que esta sexta (28) será de expediente normal. Inicialmente sem condenar os movimentos, quase todos foram unânimes que esperam que os trabalhadores compareçam a seus postos de trabalho. Em um único caso, há a orientação para que os empregadores descontem o dia dos que aderirem a paralisação. Tal posicionamento foi defendido pelo Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino (Sinepe Sudeste).
Em nota, o Sinepe considerou inoportuna a paralisação pelo entendimento que o ato tem claros vieses políticos. “O direito de greve deve ser respeitado, assim como o direito e nosso compromisso de manter as escolas abertas.” A presidente da entidade patronal, Anna Gilda Dianin, confirmou a orientação de corte de ponto e entende que a doação não é uma punição. “É uma questão de respeito àqueles que vêm trabalhar”, afirmou Anna.
Presidente do Sindicato do Comércio de Juiz de Fora, Emerson Belloti também afirmou que os comerciantes aguardam a presença dos funcionários nas lojas. Sobre a possibilidade de corte de ponto, afirmou que não há qualquer orientação do Sindicomércio. “Cada comerciante vai adotar o critério que julgar conveniente.” O mesmo foi manifestado pelo presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Materiais Elétrico (Sindimetal), José Tadeu Filgueiras. “Ao mesmo tempo que respeitamos o movimento, sabemos que nem todos aderem. Estaremos atentos para que não ocorram atos de insubordinação. Entendemos que cada empresa tome procedimentos individuais cabíveis.”
Já Consórcios Integrados do Transporte Urbano de Juiz de Fora (Cinturb) – consórcio responsável pelo serviço de transporte público no município – afirmou que “vão fazer tudo o que estiver ao seu alcance para que o sistema de transporte urbano de Juiz de Fora funcione normalmente nesta sexta-feira”. Em nota, diz que “o objetivo é garantir o direito de ir e vir aos usuários e funcionários, independente do horário em que o sindicato da categoria defina como período de adesão ao movimento”.
Com relação à paralisação de servidores, tanto a Prefeitura quanto o Estado adotaram posicionamentos similares. Em nota, a PJF afirmou que “mantém a expectativa de que a prestação de todos os serviços ao cidadão não sofra qualquer prejuízo”. A nota, no entanto, não faz alusão sobre a possibilidade de corte de ponto. Já o Governo de Minas Gerais também reforçou o entendimento que o dia será de expediente normal nas repartições do Estado. Não há previsão sobre corte de ponto. NA UFJF, como de costume, a instituição reforçou respeito à posição definida por professores e servidores.