Moradores e comerciantes ficam sem luz no Centro


Por Juliana Netto

26/04/2017 às 14h28- Atualizada 26/04/2017 às 20h11

Atualizada às 20h11

Foto: Renan Ribeiro
Temendo novos piques de energia, comerciante optou por manter portas fechadas mesmo após retorno da luz (Foto: Renan Ribeiro)

Comerciantes e moradores das principais ruas do Centro ficaram mais de duas horas com o fornecimento de energia interrompido durante a tarde desta quarta (26). Em alguns pontos, como na Avenida Rio Branco, a população ficou no escuro de meio-dia a 14h25, quando a distribuição foi retomada. Nos estabelecimentos comerciais, a falta de energia causou prejuízos e transtornos para funcionários. No restaurante de uma galeria na Rio Branco, por exemplo, além da luz, os trabalhadores não tinham como usar a água, porque dependiam de bombas para puxá-la.

“Foi preciso iluminar o buffet com velas. Tivemos um prejuízo de 25% em relação a uma quarta-feira normal. Também não conseguimos servir cafés e sucos, porque as máquinas dependem da eletricidade”, comentou o proprietário do restaurante, Ricardo Delmonte. Em uma loja de calçados na Rua Marechal Deodoro, a falta de luz afastou consumidores e atrapalhou as atividades dos funcionários. “Perdemos vendas, porque não tínhamos acesso ao crediário, nem ao computador para fazer registros. Alguns colegas não conseguiram almoçar, porque não tinha luz para ligar o microondas”, disse a vendedora Maria Carmem Silva Moreira.

Na Rua Mister Moore, em alguns pontos, houve oscilação no período em que a distribuição foi afetada. “O fornecimento sofreu oscilações. Primeiro a transmissão caiu, depois ela voltou. Por volta das 14h ela parou de novo, e depois retornou 14h30. Um dos nossos clientes não conseguiu fazer o exame de vista. Não conseguimos atendê-lo”, disse a comerciante de uma ótica, Débora Krepker. Na esquina da Mister Morre com a Rio Branco, um açougue também ficou totalmente sem energia. De acordo com a proprietária do estabelecimento, Agda de Castro Viana, a venda também foi afetada. As balanças não emitiam tarjas, e o sistema do estabelecimento ficou desligado. “Outra preocupação nossa era o refrigerador. Precisamos acompanhar. Não teve pico aqui, ficamos completamente sem luz esse tempo todo.”

Durante o tempo que ficou sem energia, o gerente de uma loja de artigos de festa na Avenida Rio Branco, Paulo Sérgio Rodegheri de Souza, ligou duas vezes para a Cemig e não obteve informações sobre o que causou o problema. A perda, segundo ele, foi alta. “Deixamos de ganhar R$ 15 mil. Nós faturamos em média, R$ 7 mil por hora. Ficamos com computadores, caixas, máquinas de cartão e todo o sistema administrativo paralisado. A loja é enorme e ficou todo o período sem luz”, comenta. Quando a transmissão foi retomada, o gerente aguardou com as portas fechadas, até ter certeza de que não haveria mais picos de energia.

A Cemig confirmou que houve uma falha na rede de distribuição subterrânea. A transmissão foi interrompida, conforme a companhia, nas ruas Floriano Peixoto, Marechal Deodoro, Halfeld e São João, no trecho entre a Avenida Rio Branco e a Rua Batista de Oliveira. Na Avenida Rio Branco, houve a interrupção na distribuição de energia entre as ruas Floriano Peixoto e São João. Ainda de acordo com a Cemig, até as 13h, a energia já tinha sido restabelecida em boa parte desse trecho. “Assim que verificamos o problema, agimos para saná-lo. O último cliente com o atendimento restabelecido foi registrado às 14h45”, informou. Até o fechamento desta edição, a Companhia não tinha fechado a apuração sobre as causas do problema.

 

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