Painel 03-01-16

Por Paulo Cesar Magella

Por trás do discurso

A solenidade de posse do prefeito Bruno Siqueira, de seu vice, Antônio Almas, e dos vereadores foi marcada por mensagens que não estavam necessariamente no discurso. A primeira delas ocorreu na chamada dos vereadores. O grupo de manifestantes petistas que ovacionou o vereador Roberto Cupolillo (Betão) não aplaudiu o também petista Wanderson Castelar. Este, por sua vez, foi aplaudido pela plateia ao votar na chapa única encabeçada pelo vereador tucano Rodrigo Mattos, agora, por mais dois anos à frente do Legislativo. Betão foi o único voto contra, com direito a declaração de voto. Foi extremamente vaiado. Era o PT dividido já na primeira sessão.

Ação política

As mensagens, porém, não pararam por aí. Já empossado, o prefeito Bruno Siqueira cobrou articulação política, pois a cidade “não pode ser tratada com descrédito”, numa clara alusão à postura do Governo do estado, que tem deixado Juiz de Fora em segundo plano, especialmente nas áreas de saúde – não concluiu o Hospital Regional – e na segurança, com a desidratação dos efetivos das polícias Civil e Militar.

Deputados ausentes

O recado tinha endereço, sobretudo pela notada ausência dos deputados. Embora a cidade tenha uma expressiva representação na Assembleia e na Câmara Federal, nenhum parlamentar compareceu ao evento ou mandou mensagem. Daqui a dois anos, serão eles que estarão diante do eleitor e vão precisar do apoio do prefeito e dos vereadores na empreitada da reeleição.

Falta de ar

O forte calor que fazia no Cine-Theatro Central reacendeu a discussão sobre a colocação de ar-condicionado. Técnicos do Iphan teriam visitado a cidade recentemente para tratar do assunto, mas não houve qualquer pronunciamento. O espaço é tombado, não podendo sofrer qualquer tipo de intervenção. A meta é encontrar uma saída, pois, em sendo o principal local de eventos, ele torna-se inviável no verão. Muita gente foi para as galerias laterais para acompanhar a posse.

Wendell Guiducci

Wendell Guiducci

Wendell Guiducci é jornalista formado pela UFJF. Foi repórter e editor da Tribuna entre os anos 2000 e 2024. Hoje assina, como colaborador, a coluna de crônicas "Cronimétricas". É autor dos livros de minificções "Curto & osso" e "Suíte cemitério", e cantor da banda de rock Martiataka. Instagram: @delguiducci

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