Por trás do discurso
A solenidade de posse do prefeito Bruno Siqueira, de seu vice, Antônio Almas, e dos vereadores foi marcada por mensagens que não estavam necessariamente no discurso. A primeira delas ocorreu na chamada dos vereadores. O grupo de manifestantes petistas que ovacionou o vereador Roberto Cupolillo (Betão) não aplaudiu o também petista Wanderson Castelar. Este, por sua vez, foi aplaudido pela plateia ao votar na chapa única encabeçada pelo vereador tucano Rodrigo Mattos, agora, por mais dois anos à frente do Legislativo. Betão foi o único voto contra, com direito a declaração de voto. Foi extremamente vaiado. Era o PT dividido já na primeira sessão.
Ação política
As mensagens, porém, não pararam por aí. Já empossado, o prefeito Bruno Siqueira cobrou articulação política, pois a cidade “não pode ser tratada com descrédito”, numa clara alusão à postura do Governo do estado, que tem deixado Juiz de Fora em segundo plano, especialmente nas áreas de saúde – não concluiu o Hospital Regional – e na segurança, com a desidratação dos efetivos das polícias Civil e Militar.
Deputados ausentes
O recado tinha endereço, sobretudo pela notada ausência dos deputados. Embora a cidade tenha uma expressiva representação na Assembleia e na Câmara Federal, nenhum parlamentar compareceu ao evento ou mandou mensagem. Daqui a dois anos, serão eles que estarão diante do eleitor e vão precisar do apoio do prefeito e dos vereadores na empreitada da reeleição.
Falta de ar
O forte calor que fazia no Cine-Theatro Central reacendeu a discussão sobre a colocação de ar-condicionado. Técnicos do Iphan teriam visitado a cidade recentemente para tratar do assunto, mas não houve qualquer pronunciamento. O espaço é tombado, não podendo sofrer qualquer tipo de intervenção. A meta é encontrar uma saída, pois, em sendo o principal local de eventos, ele torna-se inviável no verão. Muita gente foi para as galerias laterais para acompanhar a posse.