63% dos brasileiros não se previnem contra o câncer de pele
De janeiro a outubro de 2016, seis pessoas morreram em decorrência do câncer de pele em Juiz de Fora. Ainda assim, uma pesquisa encomendada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia ao DataFolha demonstrou que 63% dos brasileiros não usam protetor solar no seu dia a dia, o que significa que 95 milhões de brasileiros não se protegem de forma regular dessa neoplasia que corresponde a 30% de todos os tumores malignos registrados no país. Com o objetivo de conscientizar e alertar a população sobre as formas de se proteger dessa doença, foi criada a campanha Dezembro Laranja.
Conforme o cirurgião plástico Augusto Almeida, o mês de dezembro foi escolhido por coincidir com a entrada do verão e o início do período de férias. Nessa época, curtir as praias no litoral brasileiro é uma opção popular de lazer, mas muitas pessoas o fazem sem os devidos cuidados. A excessiva exposição ao sol é o principal fator causador do câncer de pele, e medidas simples do dia a dia podem prevenir o aparecimento da doença.
O médico conta que diariamente aparecem casos de câncer de pele nos consultórios, e estes podem se manifestar de diferentes formas e tipos. Ele explica que o mais comum é o carcinoma basocelular, também conhecido como CBC, que representa 70% dos casos. Apesar de mais incidente, é o menos agressivo. Outro tipo é o carcinoma epidermoide, CEC, que representa 25% dos casos, e os melanomas que representam 3% dos casos, sendo este último o mais grave devido à sua alta possibilidade de metástase. “O diagnóstico precoce nestes casos, principalmente no melanoma, é fundamental para que se tenha uma alta chance de cura. As pessoas de maior risco são as que possuem história familiar, pele clara, sardas, cabelos claros ou ruivos e olhos claros.”
Em Minas Gerais, no ano de 2016, para o câncer de pele melanoma – o mais grave -, houve uma taxa de 1,57 casos por cem mil habitantes, sendo os homens os mais acometidos pela doença. Em relação ao câncer de pele não melanoma, 21.850 pessoas foram diagnosticadas com o problema, o que dá uma taxa de 104,06 casos por cem mil habitantes. Esse câncer menos agressivo afeta mais as mulheres, que representaram 61,7% do total de casos.