Servidores municipais deflagram greve em JF


Por Juliana Netto

15/06/2016 às 12h25- Atualizada 15/06/2016 às 15h00

Atualizada às 14h59

GREVE-OLAVO
Servidores foram à Câmara Municipal entregar parecer ao presidente da Casa (Foto: Olavo Prazeres)

 

Servidores municipais de Juiz de Fora anunciaram, na manhã desta quarta-feira (15), a deflagração de greve no município por tempo indeterminado. A decisão havia sido definida em assembleia na última semana e, conforme o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos (Sinserpu), Amarildo Romanazzi, como não houve avanço nas negociações com a Prefeitura de Juiz de Fora, a categoria decidiu paralisar as atividades. O movimento teve início logo pela manhã, em encontro dos trabalhadores na Praça da Estação, no Centro. De lá, eles seguiram em passeata pelo Calçadão da Rua Halfeld até a Câmara Municipal, onde um grupo foi recebido pelo presidente da Casa, vereador Rodrigo Mattos (PSDB). No local, a categoria protocolou um parecer que defende a revisão salarial do funcionalismo com base na Constituição Federal. O texto, que já havia sido apresentado à Prefeitura na semana passada, foi emitido a pedido do Sinserpu e Sinpro e considera a revisão da remuneração com o índice limitado às perdas inflacionárias dos últimos 12 meses.

Segundo Amarildo, em análise preliminar, ficou constatado que os trabalhos hoje foram interrompidos em 80% das creches, curumins e unidades de atenção primária (Uaps) da cidade. Já entre os professores, 65% da categoria teria entrado em greve e os servidores da Secretaria de Obras estariam totalmente paralisados. Em números gerais, o sindicato afirmou à Tribuna que cerca de quatro mil funcionários não teriam comparecido aos postos de trabalho hoje e que [Relaciondas_post]somente os servidores do Demlurb não teriam cruzados os braços. Já os médicos deverão tomar a decisão se acompanham ou não o movimento grevista em assembleia agendada para a noite de hoje. Uma nova manifestação seguida de passeata está marcada para a manhã desta quinta (16), com concentração também na Praça da Estação. Uma assembleia para discussão do tema entre servidores e Prefeitura deverá ocorrer nesta sexta (17) na Câmara Municipal.

Por meio de nota emitida no início da tarde, a PJF disse ainda não ter sido informada oficialmente sobre o resultado da assembleia de deflagração da greve por alguns sindicatos e afirmou que, em relação à paralisação de hoje, todos os serviços funcionam normalmente. Foi informado ainda que apenas pouco mais de 120 servidores aderiram à manifestação, o que representa menos de 1% do efetivo público. “A administração entende um eventual movimento grevista como contrário ao que diz a lei, uma vez que a Justiça Eleitoral já se manifestou sobre a limitação do reajuste em ano de eleições, em consulta formal feita pela Prefeitura. Ao receberem a resposta da Justiça, em reunião com o Executivo no início do mês, os representantes dos sindicatos recusaram outras reuniões caso não fossem atendidos na reivindicação do aumento que extrapola a lei, fato registrado em ata”, diz a nota.

A Prefeitura reiterou ainda que sempre se manteve aberta ao diálogo com as categorias e reforçou que chegou a apresentar propostas de reajustes maiores quando a legislação permitia, mas que foram rejeitadas. “Agora, a administração propõe o máximo reajuste possível dentro do que determina a Justiça, evitando assim o aumento zero caso o reajuste não seja aprovado até 30 de junho.”

 

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