A Gol na Zona da Mata


Por JOSÉ ELOY DOS SANTOS CARDOSO - ECONOMISTA, PROFESSOR DA PUC-MINAS E JORNALISTA

05/12/2014 às 07h00

Depois de longos trabalhos para dinamizar o Aeroporto Internacional Itamar Franco desenvolvidos pelo diretor da Multiterminais, Denilson Duarte, finalmente, a Gol Linhas Aéreas decidiu implantar um voo do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, onde já opera, até o Aeroporto Internacional de Confins com escalas de ida e volta no aeroporto de Goianá. Inicialmente, serão seis operações semanais a partir do dia 23 de março próximo. Tudo agora depende apenas da Anac e do Decea.

Toda a Zona da Mata espera essa agora definitiva e triunfal retomada de voos de passageiros para as capitais São Paulo e Belo Horizonte. Tudo isso servirá para incentivar os negócios empresariais e o turismo na região. Pelas informações já divulgadas, será utilizado nessas rotas o Boeing 737-700 de 138 lugares e, ao mesmo tempo em que liga a Zona da Mata à capital paulista, também fará a ligação da região com Belo Horizonte pelo aeroporto de Confins.

Devemos até aplaudir o trabalho do Grupo Pró-Aeroporto de Juiz de Fora, cujo sonho seria a retomada dos voos do Aeroporto Francisco Álvares de Assis, o Serrinha, para São Paulo, que, no passado, foram feitos pela empresa Pantanal, que se utilizava do avião ATR-42 de 40 lugares. Entretanto, o aeroporto de Juiz de Fora não é adequado e não suporta quotidianamente operações com aeronaves de médio ou grande porte por motivos climáticos ou por causa de problemas da topografia de seu aeroporto já descritos pela Anac. Por motivos de custos fixos, as principais empresas hoje em dia fazem opções de operar só com aeronaves de 70 lugares ou maiores, como são os casos da Azul, da TAM, da Gol e até da Pantanal.

Aguardemos com boas expectativas e até com ansiedade essa nova arrancada da Zona da Mata em direção ao desenvolvimento industrial, comercial, de serviços e até o de turismo. Com total certeza, o início operacional dos voos de passageiros ou cargueiros de médio ou grande portes será apenas o princípio. Tudo dependerá de trabalhos dos empresários ou até dos políticos da região.

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