Políticas públicas para a juventude


Por ANTÔNIO AGUIAR, VEREADOR E MÉDICO

23/11/2014 às 07h00

O mundo realmente é dos jovens. Portanto, é preciso saber ouvi-los e preparar um planeta sustentável, mais igual e menos violento para que eles possam ter qualidade de vida. Relatório que acaba de ser lançado pelo Fundo das Nações Unidas para a População (INFPA) mostra que há, no mundo, 1,8 bilhão de jovens. É uma população de 10 a 24 anos com um tamanho sem precedentes, que equivale a 25% dos habitantes da Terra, um recorde para tal faixa etária. No entanto, ainda são poucas as políticas públicas voltadas para eles. Isso, segundo o relatório, reflete em falta de educação, de oportunidades de emprego e vulnerabilidade à violência, às drogas, à depressão e à gravidez na adolescência.

O relatório mostra ainda que alguns países, entre eles o Brasil e o México, têm conseguido algum avanço, principalmente no que se refere à transferência de renda e ao aumento do nível de escolaridade, além de acesso à saúde, inclusive para meninas. Mas ainda é muito pouco, em especial, se olharmos a violência à nossa volta e as vidas de jovens perdidas em brigas de gangues, tráfico de drogas e homicídios, cada vez mais banalizados em nosso município, principalmente em se falando de jovens do sexo masculino.

É o próprio relatório quem dá os dois caminhos para que a situação seja revertida. Um deles é a abertura dos cofres públicos para políticas voltadas para crianças e adolescentes. Entendemos neste caso que chamar a população jovem para discutir os seus caminhos, os seus desejos e as suas angústias é essencial. O outro caminho é não investir em saúde e principalmente em educação, o que pode acabar por perpetuar as desigualdades sociais e as mazelas. Precisamos, então, saber escolher e cobrar ações emergentes e menos lacunas para nossos milhares de jovens.

Assim, com os recursos escassos nestas áreas em virtude de vários fatores, devemos ter em mente não somente a otimização, mas a ação imperativa em privilegiar esta faixa da população que se sustentará num futuro próximo com os conteúdos que lhes dispensamos como agentes desta sociedade. E, em tão pouco tempo, estarão estes jovens com as responsabilidades de conduzir a vida no nosso planeta.

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