NÃO AQUI


Por Tribuna

22/01/2016 às 07h00- Atualizada 22/01/2016 às 08h44

Quando era secretário de Segurança de Minas (1999-2000), o deputado Mauro Lopes, agora cotado para a Secretaria da Aviação Civil – com status de ministério -, dizia que em Minas bandido não deitava fama, aludindo ao modelo mineiro de lidar com a violência, não permitindo a “glamorização” do crime, como no Rio de Janeiro, principalmente, onde as comunidades têm chefes, que fazem de suas regiões um estado paralelo. Os tempos são outros, mas, apesar disso e do aumento da insegurança em todo o país, em Minas, não há de modo tão explícito os donos de território.

Por isso, a ação da Polícia Civil no Bairro Olavo Costa deve ser vista também pelo viés pedagógico de mostrar à comunidade que o direito de ir e vir permanece, a despeito do justificado medo em função dos episódios dos últimos tempos. Como a Tribuna mostrou, jovens armados circulando pelas ruas e o aumento expressivo de homicídios são razões suficientes para uma ação ostensiva do Estado. A região é uma das áreas quentes do município, só perdendo para a Zona Norte, que também carece de investimentos mais profundos na segurança, o que não significa, necessariamente, só a presença da polícia.

O Estado tem que se apresentar como um todo, levando segurança, espaço de lazer, cultura e educação. Na Vila Olavo Costa, o projeto “Travessia”, segundo a Municipalidade, está prestes a ser inaugurado, o que já seria um avanço, sobretudo pela longa espera para a sua implementação.

É fato que há um somatório de eventos que leva a esse cenário, mas, à medida que os investimentos sociais avançam, é natural o recuo da violência. A questão é mantê-los de forma permanente, mesmo num quadro de crise econômica que compromete várias medidas a favor da comunidade.

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