Missionários de Jesus Ressuscitado


Por EQUIPE IGREJA EM MARCHA, GRUPO DE LEIGOS CATÓLICOS

24/10/2015 às 07h00

Durante este mês de outubro, a Igreja traz para todos os cristãos a reflexão sobre a dimensão missionária da vida cristã. O próprio Jesus ordenou a todos nós que fôssemos por todo o mundo anunciar o seu Evangelho, levando para ele todas as criaturas. Paulo saiu em viagens por todo o mundo, pregando o Evangelho, criando comunidades cristãs, até o centro do mundo de então, Roma, para lá plantar a Cruz de Cristo com seu testemunho (martírio), que de lá se espraiou para o mundo todo.

Na nossa Igreja latino-americana, devemos muito a heroicos missionários que trouxeram exemplos de vida cristã na defesa da dignidade dos indígenas como Bartolomeu de Las Casas e Antonio Montesinos. A Igreja do Brasil e a da América Latina têm enviado para outros lugares missionários, “dando de sua própria pobreza”, como diz Puebla.

Entre nós leigos, vários movimentos têm dado exemplos de desprendimento, doando sua vida à missão “ad gentes”. Tais exemplos questionam a muitos de nós. Muitos leigos se questionam como cumprir o mandado de Jesus: Ide…! Realmente, sair de sua cidade, deixar trabalho e família não são coisas que todos possam fazer. E nem seria próprio do estado laical.

Mas há um trabalho missionário imenso, diuturno, que todo leigo pode e tem a obrigação de fazer. A sociedade em que vivemos tem sido na sua prática profundamente anticristã, antirreino. O hedonismo, egoísmo elevado à condição de virtude, a consagração da esperteza como qualidade admirável, enfim, o individualismo como norma de vida têm campeado. É aí, neste lugar, nas nossas famílias, no nosso ambiente de trabalho, no mundo em que vivemos, que Cristo nos ordena a levar para ele todas as pessoas. Essa é a nossa missão. Cristo nos chama e nos entrega essa missão.

Sabemos que não é uma missão fácil, até porque é difícil converter gente que se acha já cristã, mesmo vivendo na globalização da indiferença. Estranhariam se tentássemos lhes pregar o Evangelho. Mas outra tradição muito cara ao cristianismo é o testemunho. A palavra grega que fala disso é martírio: significa dar a vida, mesmo sem morrer, viver por Cristo, em doação de nossos trabalhos, nosso cuidado. Abrindo nossas portas e nosso coração a todos, estaremos pregando o Evangelho e convertendo um mundo anti-Deus aos valores da caridade, da doação e do desprendimento. Francisco, no Brasil, nos mandou ser “rueiros”. Sair dos templos e ir pelas ruas anunciar Jesus e a misericórdia de Deus. Que nossa mãe de Aparecida nos ajude a cumprir nossa missão.

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