Cidade referĂȘncia
Retomada das obras do Hospital UniversitĂĄrio reforça o papel da cidade de acolher as demandas da cidade e da regiĂŁo na ĂĄrea de saĂșde
A retomada das obras do Hospital UniversitĂĄrio, anunciada nesta terça-feira pelo reitor da UFJF, Marcus David, e pela prefeita Margarida SalomĂŁo, Ă© um dos dados mais importantes na ĂĄrea de saĂșde, uma vez que, totalmente executado, o projeto acolherĂĄ uma expressiva demanda da regiĂŁo. As obras estĂŁo paradas hĂĄ 15 anos e sua retomada significa, tambĂ©m, a consolidação da cidade como polo de atendimento, o que jĂĄ um dado real ante a importĂąncia de sua rede hospitalar. Desta vez, numa unidade totalmente SUS, os usuĂĄrios do sistema terĂŁo acesso a uma sĂ©rie de serviços especiais que passarĂŁo a fazer parte do hospital.
Durante os dois anos mais crĂticos da pandemia, a cidade reforçou o seu papel ao acolher pacientes de toda a regiĂŁo e tambĂ©m de outros estados, como o Rio de Janeiro, que aqui acorreram em busca de atendimento. Como o SUS tem um viĂ©s universal, a implementação do novo HU vai cobrir essa vasta demanda, como foi anunciado durante a entrevista (leia matĂ©ria na TM). O aporte em torno de R$ 170 milhĂ”es Ă© fundamental para a conclusĂŁo do projeto, ficando, agora, a questĂŁo do custeio como premissa principal ante o pacote de serviços a ser prestado.
Hoje dividido em duas frentes – uma na regiĂŁo do Bairro Dom Orione e outra no Morro da GlĂłria – o Hospital UniversitĂĄrio, na sua etapa prevista para ser inaugurada em 2026, tambĂ©m facilitarĂĄ o trabalho dos estudantes, hoje levados a deslocamentos para cumprirem seus estĂĄgio. A centralização num espaço Ășnico tambĂ©m gera vantagens para os usuĂĄrios, pois encontrarĂŁo num mesmo lugar atendimento em vĂĄrias especialidades.
A conclusão do Hospital indica o resgate de projetos que ficaram parados no decorrer dos anos, e a cidade tem outras frentes que precisam passar pelo mesmo processo. O Governo de Minas anuncia a abertura de licitação para contratação de uma empresa que ficarå responsåvel pela avaliação do projeto e do estågio das obras, por entender que, ao relento, o imóvel deve passar por discussÔes em torno da sua estrutura. Faz sentido e, de fato, é necessårio, mas hå um claro atraso nesse processo, uma vez que, ainda no mandato anterior, o governador Romeu Zema anunciou a retomada do projeto com recursos da Vale do Rio Doce, fruto de sua indenização pela tragédia de Brumadinho. Outros hospitais regionais jå tiveram suas obras reiniciadas. O de Juiz de Fora continua sem data.
No caso federal, o PAC vai ser implementado na primeira etapa para conclusĂŁo das milhares de obras paradas pelo paĂs afora, e, neste caso, tambĂ©m deve entrar no pacote a BR-440, que carece de investimentos para a sua ligação com a BR-040, o que tem sido prometido hĂĄ vĂĄrias gestĂ”es. A Ășltima intervenção – que poderia ter sido a derradeira – fazia a ligação final, na altura da Represa de SĂŁo Pedro com a rodovia federal. Mesmo com as licenças ambientais autorizadas, ficou apenas uma trilha que lembra aos usuĂĄrios que ali deve ser finalizada a rodovia.
A expectativa Ă© a municipalização da via, mas seria de bom propĂłsito que o Dnit, antes da transição, fizesse a sua parte, deixando para a Prefeitura a gestĂŁo e as melhorias na mobilidade. Espera-se, pois, que isso ocorra, a fim de a cidade ver concluĂdas demandas importantes ora pendentes.