Mobilidade urbana


Por Tribuna

11/04/2017 às 07h00

Quando ainda se discutia a construção do Independência Shopping, na curva do Lacet, e a ampliação do Hospital Monte Sinai, vários estudos de impacto na região foram feitos, uma vez que o fluxo da antiga Avenida Independência iria aumentar consideravelmente. A Tribuna mostrou os resultados, e estes, de fato, indicavam que no médio prazo a região ficaria saturada. Ainda não chegamos a esse estágio, mas fica claro que algumas regiões precisam ser reavaliadas, como é o caso da rotatória na entrada do Bairro Estrela Sul.

Projetada para acolher o fluxo da Alameda Alexandre Leonel, permitindo seu escoamento para o Estrela Sul, Cascatinha e São Mateus, nos horários de pico, é um desafio para os motoristas, sobretudo os que descem a Alameda Pássaros da Polônia em direção ao Cascatinha. Como resultado, as retenções se tornam frequentes, mas o que mais chama a atenção são os acidentes em decorrência de um ponto cego. Mesmo em trânsito normal há ocorrências, a maioria com motos em subida pela alameda oriundas da Rua São Mateus.

A Secretaria de Transporte e Trânsito diz que há estudos para avaliar a demanda – embora não tenha precisado data de intervenção -, mas faz sentido a observação dos especialistas – e que a Settra sabe – sobre o uso de sinais semafóricos. Constantemente solicitados pelos usuários, costumam não ser a solução ideal, pois, em vez de fluidez, levam à retenção, só valendo em casos sem outra alternativa. Basta lembrar que a colocação de tais equipamentos no Pórtico Norte da Universidade Federal – atendendo a pedidos dos usuários – tornou-se um grande problema, gerando engarrafamentos constantes nas horas de pico. A solução foi dobrar a saída, o que melhorou expressivamente o movimento.

A mobilidade urbana tornou-se um dos principais desafios dos governos, pois o número de veículos cresceu progressivamente nos últimos anos em detrimento do transporte público, que seria a opção ideal. As metrópoles pelo mundo afora estão saturadas, e as soluções esbarram no constante problema da falta de recursos. Este, talvez, seja o nó górdio da questão, uma vez que, mesmo havendo alternativas, os repasses para investimentos no setor são precários.

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