PJF vai abrir edital para entidade de assistĂȘncia social
Hoje são 27 entidades conveniadas em contratos de cerca de R$ 30 milhÔes
Em adequação Ă lei federal 13.019/2014, conhecida como Marco RegulatĂłrio do Terceiro Setor, a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) deve lançar, nas prĂłximas semanas, edital de chamamento pĂșblico para a celebração de convĂȘnios com entidades que prestam serviços de assistĂȘncia social no municĂpio. O edital jĂĄ estĂĄ sendo trabalhado pelo MunicĂpio, com base nos termos da legislação que regula a relação entre entidades do terceiro setor e as administraçÔes pĂșblicas e estabelece o regime jurĂdico das parcerias voluntĂĄrias envolvendo ou nĂŁo transferĂȘncias de recursos financeiros. Os acordos de parcerias terĂŁo validade a partir de 1Âș de janeiro de 2018.
Atualmente, os serviços sĂŁo prestados por 27 entidades conveniadas, que fazem uma mĂ©dia de 12 mil a 15 mil atendimentos mensais, em acordos celebrados sem a realização de chamamento pĂșblico. Segundo a PJF, o orçamento em 2017 destinados a tais organizaçÔes da sociedade civil Ă© da ordem de R$ 30 milhĂ”es. A ampla maioria dos convĂȘnios se encerra no final do ano, jĂĄ em adequação prĂ©via permitida pela legislação durante o processo de transição do novo modelo. Entre os serviços prestados estĂŁo açÔes de proteção bĂĄsica; proteção especial de mĂ©dia e de alta complexidade.
Os convĂȘnios atuais poderĂŁo servir de base para a confecção do edital, uma vez que a PJF afirma que nĂŁo haverĂĄ desassistĂȘncia durante a transição. Nos bastidores, a expectativa Ă© de que o edital traga itens que confiram condiçÔes de concorrĂȘncia para as entidades da cidade e com experiĂȘncia na prestação dos serviços, sem direcionamentos, no entanto. O entendimento Ă© de que o prĂłprio Marco RegulatĂłrio do Terceiro Setor prevĂȘ critĂ©rio de territorialidade, como o fato de as entidades estarem instaladas na cidade e filiação ao Conselho Municipal de AssistĂȘncia Social.
Segundo o procurador-geral do MunicĂpio, Edgard Souza Ferreira, a lei confere avanços, segurança jurĂdica para a celebração das parcerias e maior transparĂȘncia na destinação de recursos pĂșblicos. “Isto demandou intenso planejamento da rede para que a gente melhore as relaçÔes com as associaçÔes e alcance o usuĂĄrio da rede. A lei traz mecanismos de transparĂȘncia, estendendo estes mecanismos tambĂ©m para as entidades da sociedade civil, o que vai gerar a melhoria da fiscalização, o aperfeiçoamento do processo e, com isso, um melhor atendimento do cidadĂŁo que estĂĄ em situação de vulnerabilidade social.” Ainda de acordo com o procurador, um dos pontos positivos do novo modelo Ă© o carĂĄter de impessoalidade na relação possibilitado pelo chamamento pĂșblico.
“A lei traz uma padronização nacional para as relaçÔes do poder pĂșblico com as associaçÔes da sociedade civil que prestam serviços sem fins lucrativos. Anteriormente, os repasses eram feitos por convĂȘnio. A lei passa a exigir dos agentes pĂșblicos que adotem um critĂ©rio de impessoalidade e prevĂȘ que todas as administraçÔes pĂșblicas tenham que fazer um chamamento pĂșblico. Trata-se de um edital que vai fazer com que todas as entidades interessadas tenham o mesmo direito de participação. Ă uma democratização do acesso aos recursos da assistĂȘncia social, para que a administração consiga prestar um serviço melhor”, considera.
Sem adiantar detalhes do edital, o procurador ressalta que as entidades que hoje prestam o serviço e recebem recursos pĂșblicos para açÔes de assistĂȘncia social poderĂŁo participar normalmente do chamamento pĂșblico. “Para participar, as instituiçÔes deverĂŁo atender a prĂ©-requisitos definidos pelo edital, que estĂĄ em fase final de execução. Ele serĂĄ balizado nos requisitos que a lei exige. NĂŁo haverĂĄ novidades. A ideia Ă© cumprir integralmente a legislação.”