Eduardo Cunha fica de boca fechada na PF
Intimado a depor sobre fraudes no FGTS, ex-deputado recusou-se a responder perguntas
Agência Estado
O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB/RJ) se calou nesta sexta-feira, 14, na Polícia Federal em Curitiba. Intimado a depor no inquérito que apura seu suposto envolvimento em desvios e fraudes no Fundo de Investimentos do FGTS da Caixa, Cunha preferiu ficar em silêncio e não respondeu nenhuma pergunta da PF.
Cunha está preso no Complexo Médico Penal, em Pinhais, região metropolitana de Curitiba, desde outubro de 2016, por ordem do juiz federal Sérgio Moro, que o condenou na Operação Lava Jato a uma pena de 15 anos e quatro meses pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O ex-presidente da Câmara também é alvo da Operação Cui Bono?, da PF em Brasília. A investigação aponta ligação do ex-deputado em operações fraudulentas de financiamentos milionários com recursos do FI-FGTS a grandes grupos empresariais.
Ele foi removido do Complexo de Pinhais para a Superintendência da PF em Curitiba por volta de dez horas da manhã. Seu advogado, Délio Lins e Silva, o acompanhou na audiência que durou cerca de 20 minutos. O defensor disse que o ex-deputado ficou em silêncio porque o inquérito apura os mesmos fatos de ação penal em curso
O advogado também afirmou à saída da PF que Eduardo Cunha não está fazendo delação premiada. Segundo Délio, não existe negociação para um acordo de colaboração.