Genial/Quaest: 35% dos deputados consideram governo Lula positivo, 33% negativo e 30% regular
Levantamento ouviu 185 deputados em amostra proporcional por região do país e partidos; em pesquisa com o mercado financeiro, em julho, 20% tinham avaliação positiva do governo, 36% regular e 44%, negativa
Uma pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira (10) afirmou que para 35% dos deputados brasileiros, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é avaliado de forma positiva, enquanto para para 30% é regular e outros 33% analisam o atual mandato como negativo. O levantamento ouviu 185 deputados em amostra proporcional por região do país e partidos. Não sabem ou não responderam 2%.
Os números entre os deputados são parecidos com os da pesquisa Genial/Quaest de opinião pública realizada em junho, que apontou 37% de avaliação positiva, 32% regular e 27% negativa. No levantamento com o mercado financeiro, em julho, 20% tinham avaliação positiva do governo, 36% regular e 44%, negativa.
O levantamento também fez um recorte de acordo com a ideologia dos parlamentares. Entre os de centro, 34% avaliam o governo Lula de forma positiva, 56% consideram regular e 7%, negativo. Na esquerda, 86% têm avaliação positiva do governo e 14%, regular. Na direita, a avaliação negativa é de 74%, a regular, de 22% e a positiva, 4%.
Entre os deputados de centro ouvidos, 70% afirmam que o Brasil está na direção correta, 25% na direção errada e 5% não sabem ou não responderam. No espectro da esquerda, 95% aprovam a direção atual do governo, 2% desaprovam e 4% não sabem ou não responderam. Na direita, 79% reprovam e 16% aprovam a direção do governo e 5% não sabem ou não responderam. No geral, 52% dos deputados ouvidos consideram que o governo está na direção correta, 42% na direção errada e 6% não sabem ou não responderam
Na comparação com o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, 43% dos deputados afirmam que o atual governo é melhor, 12% igual e 36% avaliam que o governo está pior – e 8% não sabem ou não responderam.
Ministros
Os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, com 52% de aprovação, da Justiça, Flavio Dino (48%), e do Planejamento, Simone Tebet (47%), são os mais bem avaliados pelos deputados.
Conforme o levantamento, 41% dos deputados entrevistados consideram a relação do governo Lula com o Congresso negativa, 24% afirmam ser positiva e 32%, regular. Não sabem ou não responderam 2%. Para 67%, o governo dá menos atenção aos parlamentares do que deveria.
Ainda assim, 56% concordam que é grande a chance de aprovação da agenda do governo e 37% consideram baixas as chances. Na esquerda, 88% consideram altas as chances de Lula aprovar agenda de governo. No centro, 61% veem como altas as chances e na direita, 35%.
De acordo com 40% dos entrevistados, o fator determinante para o governo aprovar a agenda é cumprir acordos com os líderes partidos e liberar emendas. Para 22%, é ouvir sugestões às propostas antes de apresentá-las. Segundo 15%, ter uma boa relação com o presidente da Casa é o fator determinante, enquanto outros 15% consideram que é ter apoio popular para suas propostas.
Prioridades da agenda
De acordo com a pesquisa, as medidas arrecadatórias devem ser a prioridade do governo. Já 23% afirmam que a reforma tributária é a prioridade. Para 8%, é o projeto de lei das fake news, e 7% consideram o Orçamento de 2024 como prioritário. Os demais deputados se dividem em legislação de proteção ambiental (6%), reforma trabalhista (4%) e Lei das Estatais (3%).
Influência
A Genial/Quaest também questionou os deputados sobre quais os setores que mais influenciam as decisões do Congresso. O agronegócio é apontado como muito influente por 77%; em seguida vem o setor financeiro, com 58%; e a indústria, com 52%. Comércio aparece com 39%, terceiro setor e trabalhadores com 20%; e organizações internacionais, 15%.
A pesquisa foi feita entre os dias 13 de julho e 6 de agosto com 185 deputados em entrevistas presenciais e online. A amostra corresponde a 36% do total e foi definida com base em estratos de região e posicionamento ideológico dos partidos. A margem de erro é estimada em 4,5 pontos porcentuais.