PT e PSL mineiros têm as maiores bancadas na Câmara
Embora o PT de Minas tenha mantido a liderança, a legenda de Bolsonaro conquistou mais cinco cadeiras
Embora o Partido dos Trabalhadores (PT) tenha mantido o maior número de deputados mineiros na Câmara, o Partido Social Liberal (PSL), impulsionado pela candidatura do presidenciável Jair Bolsonaro, terá, na legislatura 2019-2023, o segundo maior número de representantes no Legislativo federal pelo Estado de Minas Gerais, posto antes ocupado pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Ao passo que o PT elegeu, neste domingo (6), oito deputados – um a menos que a bancada da atual legislatura-, seis candidatos filiados ao PSL de Minas cumprirão, a partir de 2019, mandato na Câmara. Dentre os atuais deputados federais com mandato pelo estado, apenas Marcelo Alvaro Antônio – reeleito – está entre as hostes do PSL; os cinco outros candidatos estreiam no Legislativo federal, entre eles, o vereador Charlles Evangelista. A bancada mineira na Câmara dos Deputados têm 53 vagas.
A exemplo do PT, o PSDB perdeu uma cadeira, tornando-se, agora, a terceira legenda com maior representatividade na bancada mineira; o juiz-forano Marcus Pestana não engatou o terceiro mandato como deputado federal, mas Aécio Neves permanecerá no Congresso, agora na Câmara. Partido com a terceira maior bancada na legislatura 2015-2019, com cinco vagas, o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) também perdeu uma cadeira na bancada do Estado de Minas Gerais, elegendo agora quatro deputados. Já o Democratas (DEM) e o Partido Progressista (PP) perderam, cada, três deputados. Com quatro cadeiras, o DEM ficará com apenas uma; o PP, com cinco, terá apenas dois parlamentares na bancada de Minas. O Partido da República (PR), em contrapartida, perdeu quatro deputados federais.
O Partido Social Democrático (PSD), junto ao MDB, PP e PR, tem, na atual legislatura, cinco deputados na bancada mineira – compondo, assim, a terceira maior -, mas iniciará o próximo mandato com três legisladores. Já o Podemos (Pode) perdeu um deputado em comparação à atual legislatura e, a partir de fevereiro próximo, a legenda terá apenas um parlamentar na bancada mineira. O Partido Republicano da Ordem Social (PROS) também deixou de ter uma cadeira, sendo que apenas dois deputados federais foram eleitos para cumprir mandato – o deputado Jaime Martins não concorreu à reeleição após o imbróglio da candidatura de Marcio Lacerda, uma vez que tentaria uma vaga no Senado.
A exemplo do PSL, o Avante, o Partido Humanista da Solidariedade (PHS) e o Partido Socialista Brasileiro (PSB) aumentaram as bancadas. Avante e PSB – Júlio Delgado reelegeu-se – ganharam duas cadeiras cada, saindo de um deputado para três. Já o PHS conquistou uma vaga, subindo de um deputado para dois – embora o vereador Rodrigo Mattos tenha ficado de fora. O Solidariedade (SD) e o Partido Democrático Trabalhista (PDT) mantiveram as cadeiras para a próxima legislatura com, respectivamente, um e dois deputados para o próximo ciclo.
Novas legendas no Parlamento
Dentre os partidos que cumprem os últimos meses da atual legislatura, apenas o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) tinha cadeira na bancada mineira da Câmara e, ao fim do pleito, ficou sem. A deputada Jô Moraes abriu mão da reeleição para ocupar o posto de vice-governadora na chapa encabeçada pelo governador Fernando Pimentel, fora da disputa do segundo turno. Entretanto, cinco legendas terão representatividade na Câmara por Minas a partir do próximo ano: Novo, com dois deputados; Patriota, dois; Partido Republicano Brasileiro (PRB), dois – Lafayette Andrada deixará a Assembleia para assumir cadeira na Câmara -; Partido da Mobilização Nacional (PMN), um; e Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), um. Na legislatura 2019-2022, a bancada mineira será mais fragmentada, composta por 21 partidos, ao contrário dos 18 do último mandato.
Tópicos: eleições 2018