PJF vai destinar R$ 1,5 milhão para construção de escola infantil

Ação foi escolhida pela população em votação pela internet; local que receberá unidade escolar ainda não foi definido


Por Renato Salles

01/10/2019 às 16h32- Atualizada 01/10/2019 às 16h39

A Prefeitura de Juiz de Fora (PFJ) vai destacar uma verba de R$ 1,5 milhão no orçamento do Município para o exercício financeiro de 2020 para a construção de uma escola de educação infantil para crianças com idade entre 3 e 5 anos na cidade. A destinação do valor foi definida por parte da população, que atendeu à convocação da PJF e participou de votação pela internet, no chamado Orçamento Participativo, modelo que voltou a ser adotado pela após 15 anos da última utilização, ao fim da última passagem do ex-prefeito Tarcísio Delgado (PSB) pelo comando da Administração municipal. A consulta pública foi feita pelo aplicativo gratuito Colab, entre os dias 6 de agosto a 30 de setembro, e coletou a opinião de 1.537 pessoas, sendo 55% homens e 45% mulheres, de 180 bairros de todas as regiões de Juiz de Fora.

“O Orçamento Participativo é a voz do cidadão no investimento dos recursos públicos. Não há outro caminho para uma gestão eficiente senão a colaboração do cidadão, o compromisso social e a participação popular. A escolha pela construção da escola mostra a prioridade que o juiz-forano dá à educação”, afirmou o prefeito Antônio Almas (PSDB), após a definição do resultado divulgada nesta terça-feira (1º de outubro). Segundo a assessoria da PJF, “o bairro onde a escola será construída será definido por meio de critérios exclusivamente técnicos”. “A secretaria de Educação, baseada em todas as informações que ela tem de demanda de alunos e de terrenos disponíveis na cidade, vai escolher a região onde a escola será construída”, afirma nota encaminhada à Tribuna.

A destinação dos valores para a construção da escola infantil foi a opção manifestada por 34,2% dos juiz-foranos que participaram da consulta pública. Em segundo lugar, ficou a revitalização de uma unidade de atendimento à saúde, com 27,7% dos votos. Outras ações colocadas como alternativa para o aporte de R$ 1,5 milhão foram a revitalização de parte do Complexo Mascarenhas (Praça Antônio Carlos e Mercado Municipal); a construção de calçadões para pedestres nas ruas Marechal Deodoro e Batista de Oliveira; a revitalização da Praça da Estação; a ampliação de programas sociais, culturais e esportivos, como Núcleo Travessia, Gente em Primeiro Lugar e Bom de Bola; e a realização de eventos culturais, como Carnaval e festas temáticas.

Além da destinação de recursos para uma ação específica, a consulta pública realizada pela PJF abordou outros temas que poderão auxiliar o Município na construção de políticas públicas. Ao todo, sete questionamentos foram respondidos pelos votantes, que apontaram, por exemplo, que o maior problema da cidade atualmente são questões relacionadas a obras e manutenções, como asfaltamento e cuidados com áreas públicas. Da mesma maneira, na pergunta que abordou quais áreas devem ser consideradas prioritárias para alocação de recursos públicos, os participantes destacaram as ações de saúde (26,9%) e educação (23,4%).

“Isso vai ao encontro do que temos feito e acreditamos ser prioritário para o cidadão. Sabemos da necessidade de investimentos em zeladoria, como tapa-buracos e capina. Mas, devido às dificuldades financeiras, temos priorizado o custeio e a manutenção dos serviços de saúde e educação”, reforçou Antônio Almas, Em nota, a PJF reforçou que “o recurso destinado ao Orçamento Participativo será alocado no orçamento da Secretaria de Educação no Projeto da Lei Orçamentária Anual a ser enviado para a Câmara Municipal, para execução da obra em 2020”.

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