Servidores municipais de braços cruzados nesta quarta
Servidores de vários segmentos da Prefeitura estão de braços cruzados nesta quarta-feira (1º de junho). Até o momento, a Tribuna apurou que 50% do efetivo do Demlurb e a totalidade de funcionários da Empav e Secretaria de Obras (SO) estão paralisados. O Sindicato dos Servidores Públicos de Juiz de Fora (Sinserpu) está convocando as categorias para uma manifestação, que teve início agora pela manhã na Praça da Estação, no Centro. Os trabalhadores já começaram a se concentrar no local, onde também irão realizar uma assembleia coletiva. Em casos em que a lei exige um presença mínima de profissionais, como nas situações dos servidores que atuam no atendimento de urgência e emergência, os percentuais mínimos estão sendo respeitados.
Já os funcionários da Cesama se reuniram hoje na Regional Sudoeste, localizada na Rua Monsenhor Gustavo Freira, no Bairro São Mateus. De lá, eles iniciaram uma passeata pela Avenida Itamar Franco, em direção à praça. A categoria está com um terço do efetivo paralisado.
O impasse no qual se encontram as negociações salariais mantidas por Prefeitura e os sindicatos que representam as variadas carreiras do funcionalismo municipal levou à união das categorias em torno do Fórum Unificado das Entidades Sindicais dos Servidores Públicos Municipais de Juiz de Fora. Na semana passada, após a realização de assembleias especificas a cada segmento, o colegiado definiu a paralisação geral de hoje. Entre as representações que aderiram ao ato estão os sindicatos de professores (Sinpro), engenheiros (Senge), trabalhadores no serviço de água (Sinágua), odontologistas e arquitetos; além do Sinserpu, que representa profissionais de diversos segmentos. Entre os sindicatos que integram o fórum, o único que não aderiu oficialmente à paralisação geral convocada para esta quarta foi o Sindicato dos Médicos.
Questões pertinentes às negociações salariais voltaram a ser tema de debate na Câmara no fim da tarde desta terça (31 de maio). Em tribuna livre, os microfones do plenário foram cedidos as lideranças sindicais por 20 minutos. Representantes do Senge, Sinágua, Sinserpu e Sinpro se revezaram nas falas e voltaram a condenar a interpretação de legislações eleitorais defendida pela Associação Mineira dos Municípios (AMM) _ que vem sendo analisada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a pedido da Prefeitura _ de que, desde o início de abril, os municípios só podem conceder reajustes nos vencimentos com base na inflação acumulada entre janeiro deste ano e a data da efetiva concessão da correção.
Diante dos vereadores, os sindicalistas voltaram a rechaçar o entendimento e apontaram situações de outros municípios e outros anos eleitorais em que a leituras do arcabouço jurídico e vedações em anos eleitorais foram distintas, garantindo aos servidores recomposição de perdas salariais com base nos últimos 12 meses que antecedem as datas-base de cada categoria.