Allan Taxista prevĂȘ Villa Real ofensivo e comemora primeiros contratos de juiz-foranos
A uma semana da estreia na Segunda DivisĂŁo do Mineiro, presidente do Villa destaca felicidade dos atletas com primeira oportunidade: “Realizado”
Se o Villa Real irĂĄ iniciar uma trajetĂłria de sucesso no campo a partir do prĂłximo domingo (7), nĂŁo hĂĄ como prever – a equipe recebe o Figueirense (MG) na estreia em competiçÔes profissionais, pela primeira rodada da Segunda DivisĂŁo do Campeonato Mineiro. Mas uma vitĂłria fora das quatro linhas jĂĄ Ă© comemorada como tĂtulo pelo presidente Allan Taxista e demais componentes do clube. Mais de 20 atletas jĂĄ anunciados na Ășltima semana, quase todos de Juiz de Fora, assinaram o primeiro contrato como jogadores profissionais de futebol, oportunidade que tambĂ©m tocou o ex-atacante campeĂŁo brasileiro da SĂ©rie D pelo Tupi. A ansiedade, conforme o mandatĂĄrio relatou em entrevista exclusiva para o programa Papo de Craque, da RĂĄdio TransamĂ©rica Juiz de Fora, na Ășltima sexta-feira (29), tem feito cada vez mais parte do dia a dia dos envolvidos com o projeto.
“Iniciamos um processo em que primeiro procuramos nos estruturar fisicamente, pra cidade ver a seriedade do Villa Real. Porque Ă s vezes as pessoas nĂŁo acreditam muito, Ă© uma vida muito louca, de taxista virou jogador, e de atleta foi pra presidente. Isso Ă© pra escrever um livro. E a gente vĂȘ a emoção dos jovens. Com ansiedade com certeza eles estĂŁo, nunca ninguĂ©m fez isso por eles. Ontem, assinando os contratos, ver o brilho no olhar desses jovens, a alegria em estar assinando o primeiro contrato profissional… em cada assinatura eu recebia um abraço e o agradecimento deles. Sou praticamente um paizĂŁo e tĂŽ realizado, mas falo sempre pra eles que podem abrir muitas portas, depende sĂł deles”, conta Allan, que tambĂ©m festeja a chance de representar cada regiĂŁo de Juiz de Fora. “Tenho certeza que vĂŁo fazer uma grande competição e vĂŁo mostrar os valores dos nossos bairros. Falei com o pessoal da Comunicação que ao invĂ©s de lançar o nome dos atletas, era pra colocar de cada bairro deles. Temos jogadores da cidade inteira. Mas tĂĄ muito bacana e a ansiedade estĂĄ grande, porque viemos de um planejamento em que as pessoas duvidaram muito, mas quando a bola rolar estaremos entregando tudo o que prometemos pra JF”, complementa.
Allan Taxista Ă© espelho para a maioria dos atletas do Villa, visto que começou a carreira no Tupi aos 28 anos. Logo, ele sentiu na pele a emoção de cada jogador agora contratado e relembrou sua experiĂȘncia quando se tornou oficialmente um atleta do CarijĂł. “Imagino tudo o que eles passaram assinando esse primeiro contrato com o Villa Real. Ă um sentimento de gratidĂŁo, de realização, um sonho de criança, de ser um atleta profissional, independentemente do clube, se Ă© grande ou nĂŁo. Me coloquei no lugar deles de quando assinei meu primeiro contrato no Tupi, e esse dia foi sensacional. Quis sair correndo do Tupi gritando, dando soco no ar. E acredito que quando eles chegarem no estĂĄdio no domingo, e sentirem que nĂŁo sĂŁo torcedores, mas os astros do evento, vai ser magnĂfico e gratificante.”
Confiança em treinador e ofensividade no Villa
Como Allan reitera, 95% dos atletas do elenco sĂŁo de Juiz de Fora. “Ă algo gratificante e um desafio grande, mas pra mostrar pra cidade e pros clubes que Ă© possĂvel trilhar esse caminho.” Nessa formação, houve participação essencial do treinador Rafael Novaes, que se tornou um amigo de confiança do presidente, que nĂŁo vĂȘ a campanha do Villa no Mineiro sem o profissional.
“O Rafael Ă© um cara muito inteligente, e o que mais prevaleceu foi ele ser da cidade. Vamos sempre priorizar quem Ă© daqui. Chegamos com uma ideia diferente. Geralmente, o time perde dois jogos e o treinador Ă© mandado embora. Mas enquanto eu estiver Ă frente, o Rafael estĂĄ atĂ© o final do campeonato. Temos que mudar essa ideia, porque a comissĂŁo tĂ©cnica faz um trabalho ĂĄrduo durante a semana e os atletas tĂȘm que executar no dia. O erro acontece quando alguĂ©m quer mudar o que foi treinado na semana. E quem Ă© penalizado? O treinador. NĂŁo concordo. NĂŁo importa que vou terminar o campeonato com 15, mas minha comissĂŁo continua, a nĂŁo ser que pinte algo maior, aĂ sempre priorizamos o melhor pra eles”, garante Allan.
Sobre as preferĂȘncias de jogo do tĂ©cnico e do presidente, Allan conta que sĂŁo similares. Se depender da vontade deles, o Villa serĂĄ um time de proposição e destruição no campo de ataque.”O Rafael tem o mesmo pensamento que eu, porque ele Ă© um cara que nĂŁo joga na retranca. Gosta de marcar pressĂŁo, de jogar em cima do adversĂĄrio. Ele sempre estĂĄ procurando manter a posse de bola no setor ofensivo, do meio pra frente. Como ele jogou, ele tem o conhecimento que ter a posse de bola ofensiva te resguarda, porque vocĂȘ estĂĄ longe do seu gol. Brinquei com ele que eu tĂŽ no caminho certo, pra ele ficar de olho com a vaga de treinador,que de repente a gente troca. Mas acho que vocĂȘs vĂŁo assistir uma equipe sempre muito ofensiva e trabalhando no campo do adversĂĄrio”, revela.
‘Os atletas da cidade fazem a diferença’
Questionado sobre qual primeiro impacto quer causar com a chegada do Villa Real no futebol profissional, Allan, admitiu a vontade de subir ao MĂłdulo II, mas reafirmou ser um objetivo em segundo plano.
“A primeira coisa Ă© entregar para Juiz de Fora tudo o que prometemos. NĂŁo sou candidato a nada e nem quero entrar em polĂtica, que fique bem claro, porque aqui jĂĄ Ă© trabalhoso, imagina na polĂtica. NĂŁo quero. O que prometemos foi a fundação de um clube com atletas e profissionais capacitados da nossa cidade. Temos vĂĄrios profissionais de alto nĂvel saindo das nossas faculdades, nĂŁo precisamos buscar longe. Quero entregar para a competição, entĂŁo no dia 7 de agosto, Ă s 11h, quando começar o jogo, vou ter entregue. Claro que quero o acesso, sem dĂșvida, se eu ficar na terceira divisĂŁo, sĂł vou gastar dinheiro. Tenho que chegar no topo pra parar de sĂł gastar. Mas quero fazer uma boa competição e mostrar que os atletas da cidade fazem a diferença.”
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