Tupi vence a Portuguesa e fica muito perto das quartas de final


Por Gustavo Penna

29/08/2015 às 22h28- Atualizada 29/08/2015 às 22h29

Para a alegria do torcedor que foi ao Estádio Municipal, o Tupi venceu a segunda partida consecutiva em casa pela Série C. Na noite de ontem, o Carijó recebeu a Portuguesa e venceu por 1 a 0, com gol do atacante Bruno Aquino. Com o resultado, o Alvinegro chegou aos 27 pontos e recuperou a liderança do grupo B (pelo menos até o jogo de hoje entre Londrina e Brasil de Pelotas, ambos com 24 pontos).

A partida começou equilibrada, com as equipes cautelosas. Apesar do pouco ímpeto ofensivo, a qualidade técnica dos dois times na troca de passes mostrava que aquela seria uma partida acima da média da Série C. Aos 15 minutos, a Portuguesa teve o primeiro motivo para lamentação. Após lançamento pela direita, Hugo apareceu infiltrado entre os zagueiros do Galo e mandou para a rede. Seria o primeiro da Lusa, mas a arbitragem se equivocou ao apontar impedimento na jogada.
Não bastasse o susto, a Portuguesa voltou a criar perigo. Aos 17 minutos, o meia Milton Júnior arriscou de fora da grande área, acertando o travessão de Glaysson. Cinco minutos depois, a Lusa voltava ao ataque quando, na intermediária defensiva do Tupi, o volante Rafael Jataí dividiu com o meia Victor Bolt. Os dois jogadores se desentenderam, trocaram agressões e foram expulsos de campo.

A saída dos jogadores acabou sendo menos prejudicial para o Carijó, que substituiu taticamente Jataí por Vinícius Kiss, que foi recuado em campo. Já o adversário perdeu um de seus principais armadores. Conforme os espaços foram aparecendo, o Alvinegro foi crescendo na partida. Até que, aos 46 minutos, na última chance do primeiro tempo, Felipe Augusto cruzou pela esquerda para Bruno Aquino. O atacante dividiu com o goleiro na pequena área e marcou o segundo gol dele no campeonato.

Sufoco
Após o fim do primeiro tempo, os jogadores do Tupi deixaram o gramado rumo ao vestiário sem falar com os veículos de imprensa presentes. Os jogadores ficaram insatisfeitos com a divulgação de um atraso de cinco dias no pagamento dos salários da comissão técnica. Antes de a bola rolar, a diretoria do clube já comunicara que o atraso havia sido previamente avisado aos profissionais, e que todos os valores já estariam quitados.
No segundo tempo, o Tupi continuava explorando bem os espaços. Logo aos 10 minutos, Felipe Augusto encaixou contra-ataque pela direita, encarou a marcação e, depois do drible, bateu cruzado. A bola passou muito perto da trave do goleiro Tom. Apesar da boa chance, era a Portuguesa que chegava ao ataque com mais eficiência. Aos 35 minutos, Jonathan cruzou pela direita, e a bola chegou para o meia Guilherme finalizar perto da trave. Seis minutos depois, o artilheiro Guilherme invadiu a área em velocidade e passou pelo goleiro Glaysson, mas Osmar se jogou na bola e evitou o gol do adversário.

Osmar
Após o final da partida, o capitão do Carijó comemorou o corte da jogada, que valeu por um gol. “Uma indecisão do Glaysson, do Sidimar e minha, o cara deles foi muito feliz no passe. A bola bateu na grama e perdeu velocidade. Mas estávamos atentos, nos recuperamos e conseguimos tirar a bola. Foi eu quem fez o corte, mas é o grupo todo. Aqui não tem nada de individual, é tudo o coletivo. É assim que nós vamos chegar. Esse ano estamos muito bem. A equipe está em evolução, estamos em uma crescente. É importante que a gente consolide nossa classificação, para chegarmos na próxima fase em uma ascensão”, comemorou Osmar.
Com quatro rodadas de antecedência, o Tupi atingiu a meta de pontos estabelecida pela comissão técnica para toda a primeira fase. Na próxima rodada, o Carijó volta a atuar em casa, contra o Caxias-RS, domingo, às 16h. O técnico Leston Júnior terá novamente o meia Kaio Wilker à disposição, após cumprir suspensão automática.

Euzébio
Poucos dias após retornar aos treinamentos no Tupi, Leandro Euzébio já está novamente fora. O zagueiro se reuniu com a diretoria e pediu liberação do trabalho por uma semana, alegando problemas particulares. Após uma negociação frustrada com o Náutico-PE, o defensor sofreu um leve edema muscular na coxa direita. Para surpresa dos integrantes do departamento médico, o jogador precisou de 18 dias de fisioterapia, tempo considerado elevado para o tipo de lesão. O atleta ficou afastado dos treinamentos com a equipe desde o dia seis até a última terça-feira, quando retornou ao gramado para atividades físicas leves em separado do restante do elenco.

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