33º Ranking de Corridas de Juiz de Fora começa nesse domingo
Corrida Laboratório Côrtes Villela abre a temporada municipal, que terá total de 11 provas
Tem início neste domingo (24) o 33º Ranking Prefeitura de Juiz de Fora de Corridas de Rua. Com 11 provas no calendário municipal e aumento de até 100% no valor das inscrições sem kit, a temporada tem como etapa de abertura a 3ª Corrida Laboratório Côrtes Villela, com largada marcada para as 8h na Via São Pedro – a BR-440 (na altura da Rua Roberto Stiegert, no bairro São Pedro). O evento recebe 1.200 atletas e 200 crianças para os percursos de 10km e de 5km (caminhada), além da prova infantil, às 9h30, no mesmo dia e local.
Nesta prova, segundo a organizadora, VidAtiva Consultoria Esportiva, além das tradicionais premiações destinadas aos cinco primeiros colocados no geral masculino e feminino e às três melhores equipes nos dois naipes, tanto na disputa geral, quanto no PCD (pessoas com deficiência), o top 3 por faixa etária também será agraciado. A entrega dos kits será feita neste sábado (23), em unidade do Laboratório Côrtes Villela (Av. Barão do Rio Branco, 2891, Centro), de 10h às 18h.
Inscrições mais caras
A 33ª edição do Ranking juiz-forano prevê a realização de 11 etapas em 2019 – uma a mais que no ano passado. Inicialmente haverá uma corrida por mês, com exceção de junho – com duas provas agendadas – e de julho, sem nenhum evento do Ranking, mas com a chance de receber a tradicional Corrida da Fogueira (ver quadro). Como previsto no regulamento, não há possibilidades de inscrições na semana da prova e, por consequência, no dia do evento.
Para esta temporada, o primeiro lote de inscrições com kit não sofreu aumento no preço. Todas as provas de até 18km terão inscrições com kit abertas a R$ 60 e as de distâncias superiores aos 18km, a R$ 80. O segundo lote, contudo, passou de R$ 65 para R$ 80 nas provas até 18km, um aumento de 23%. Já nas etapas de maior distância, o segundo lote foi inserido, com valor de R$ 100 – um acréscimo de 25%. O segundo lote é iniciado a 13 dias da data da prova, com uma semana de duração.
As inscrições sem kit, chamadas pela organização de “inscrições promocionais”, são as mais afetadas proporcionalmente. Se em 2018 custavam R$ 30 (até 18km) e R$ 40 (acima de 18km), em lote único, para esta temporada a divisão em lotes foi implementada e os valores subiram. Nas provas de até 18km, o primeiro lote passou para R$ 40 (mais 33,3%), com o segundo a R$ 60, alta de 100% sobre o valor do ano passado. Isto também acontece nas provas acima de 18km, com preços de R$ 40 em lote único para R$ 60 (mais 50%) no primeiro período de inscrições e para R$ 80 no segundo (100% de aumento).
A Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), por meio da Secretaria de Esporte e Lazer (SEL), organizadora do Ranking, explicou as mudanças. “Não houve aumento no valor do primeiro lote das inscrições com kit. O valor de R$ 60 é o mesmo de 2018. O aumento no valor do segundo lote foi para ter uma diferença maior, para possibilitar ao patrocinador a melhor organização do evento. Isso ocorre em outros eventos também. As inscrições terminam uma semana antes da corrida, e a maioria dos atletas deixava para a última semana, já que a diferença era irrisória. Em relação às inscrições sem kit, número menor de inscritos, o aumento foi uma adequação ao custo do evento, sendo que o preço era o mesmo desde 2017. Não existe um número máximo de inscrições sem kit, todos que desejarem, podem realizá-la. No entanto, a média destas inscrições gira em torno de 10 a 15%.”
O atleta maior de 60 anos paga 50% das taxas de inscrição. Os PCDs devem ser cadastrados no Departamento de Políticas para a Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos da Secretaria de Desenvolvimento Social e, a partir do recorte de renda de até três salários mínimos, serão isentas de taxa de inscrição e farão jus ao kit corredor completo. Atletas de até 17 anos devem ter inscrições realizadas por responsáveis legais.
Cabeleireiro, “Super Amigo” e corredor de todas as 32 edições
Poucos atletas da cidade acompanharam tão de perto a história do Ranking de Corridas como Fernando Costa de Souza, 52 anos. Cabeleireiro durante a semana, um dos fundadores da tradicional equipe Super Amigos – sem fins lucrativos e filantrópica -, não deixa de participar de uma temporada sequer do evento que já vai para a 33ª atuação em Juiz de Fora.
“Corro desde 1982 e disputo o Ranking desde sua criação, há 33 anos. E guardei o primeiro calendário, assim como fui colecionando os outros. Há 15 anos eram poucos atletas no ranking, mas por volta de 2011 houve uma explosão no esporte, um aumento em número de participantes e de qualidade da organização. Parecia que ia deslanchar. Mas até então o ranking era organizado pela Prefeitura e realizado nos bairros da cidade. Qualquer cidadão conseguia organizar. Era algo interativo com as comunidades. Agora melhorou o padrão do kit, a mídia, mas em compensação concentraram as corridas para a Via São Pedro e Universidade, elitizaram, e mesmo assim algumas ainda bombam. Mas percebemos uma redução agora. Tem prova que não traz mil atletas”, avalia Fernando.
Apesar de elogiar a evolução da organização das provas, ele lamenta o preço cobrado pela participação. “O preço chamado de popular, promocional, não tem nada disso. A corrida é um esporte de inclusão. Ela é popular, porque você podia correr descalço… mas esse preço é um absurdo. Tudo bem que o nível da organização melhorou, mas ainda não é proporcional ao valor das inscrições, haja visto o aumento enorme no número de pipocas (corredores não inscritos). Muitos gostariam de ter medalha, largar com o pessoal e não têm condições. Vão mesmo assim para não deixar de encontrar os amigos e ver o evento. Aí vêm os problemas para os organizadores.”
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