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Marcos Henrique deve ser o novo técnico do JF Vôlei

Marcos Henrique
Marcos Henrique chegou a comandar o JF Vôlei em duelo contra o Corinthians na Superliga passada ao substituir por uma rodada o então treinador Henrique Furtado (Foto: Marcelo Ribeiro)
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Sem a renovação da parceria com o Sada Cruzeiro para a temporada 2018/2019, o JF Vôlei já tem acordo com um novo comandante. O profissional Marcos Henrique do Nascimento, auxiliar técnico da equipe local na última Superliga, deve ser anunciado em breve como o treinador da equipe. O diretor técnico da representação local, Maurício Bara, confirmou à Tribuna que as conversas estão avançadas.

Marcos Henrique, 29 anos, chegou a comandar o JF Vôlei em duelo contra o Corinthians na Superliga passada ao substituir por uma rodada o então treinador Henrique Furtado, que integrou a comissão técnica do Sada Cruzeiro para a disputa do Mundial de Clubes em dezembro de 2017. Antes do desembarque em Juiz de Fora, onde também acumulou a função de analista de desempenho, ele treinou a base do Bento Vôlei (RS), assim como ocupou o cargo de auxiliar na equipe gaúcha.

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Novo patrocínio
A confirmação do novo técnico não é a única novidade no JF Vôlei. A equipe anunciou ainda, na última segunda-feira (16), mais um patrocínio com verba sustentada pela lei de incentivo ao esporte. Após o sucesso nas negociações com a ArcelorMittal, o time juiz-forano fechou com o Laboratório Melpoejo, ambos pela Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, em que a doação da empresa pode ser de até 3% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS). Em entrevista à Tribuna na última semana, Maurício revelou que conversa ainda com um “grande patrocinador” pela lei estadual de incentivo ao esporte, que seria responsável por quase metade dos recursos juiz-foranos no ano.

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“Tem mais patrocínio chegando. Estamos esperando a resposta final de um patrocinador grande para entrar na lei estadual, mas não tivemos resposta ainda. E então completariam dois ciclos. Os projetos com a ArcelorMittal e Melpoejo são os recursos humanos, a comissão técnica. O da Arcelor e da Melpoejo acoplariam 40% de um todo que precisamos, e o novo mais 40%, que envolveria logística, hospedagem, alimentação e transporte. E esses últimos 20%, que seriam da captação direta para a contratação de jogadores, já conseguimos metade do caminho para a nossa realidade da Superliga B”, conta Bara.

Partidas no novo Ginásio da UFJF

Ginásio da UFJF e prédio anexo têm previsão de entrega em setembro, o que possibilitaria ao UFJF disputar partidas do Campeonato Mineiro já na casa nova (Foto: Fernando Priamo)

Maurício antecipou ainda a intenção de atuar no novo Ginásio da UFJF já pelo Campeonato Mineiro, que deve ser iniciado entre setembro e outubro. A Tribuna entrou em contato com a UFJF, que confirmou que o palco esportivo e o prédio anexo, que contemplará aulas de ginástica e lutas, por exemplo, têm previsão de entrega em setembro. A maior demanda é a construção da rampa que ligará vestiários do ginásio à pista de atletismo e campo. Ela está em fase de orçamento, entrando no processo licitatório.

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A chance de a equipe ter uma nova casa para os jogos da temporada anima o diretor técnico. “Vai mudar muita coisa. Primeiro que é um ginásio maravilhoso. Sou até um pouco suspeito para falar porque é um filho meu também. A gente concebeu isso com arquitetos, levei um para ver o ginásio do Minas (Tênis Clube) na época. E cabem quatro vezes mais pessoas sentadas do que o ginásio antigo nosso, que adaptamos. Chegamos no nosso limite nele. O novo ginásio representará muito. Poderemos levar mais gente, fazer promoções, o preço do ingresso fica mais baixo, o público tem mais conforto, muita gente eu sei que não vai no ginásio porque fica apertada ou pode ficar sem ingresso. Acho que isso vai acabar, espero que a gente consiga grandes resultados e o ginásio fique pequeno também. Mas 2 mil pessoas é um ótimo tamanho para o voleibol. O Ginásio do Sada Cruzeiro tem 2.500 de capacidade, o do Minas de 3 mil. É um ótimo tamanho. Então tenho certeza que com os resultados saindo aquilo vai virar também um caldeirão maior ainda, um local de eventos”

A expectativa cresce com a tendência da formação de uma equipe que seja competitiva na Superliga B e acumule mais triunfos que na última temporada, quando acabou rebaixada. Questionado sobre a remota possibilidade de ainda herdar vaga na elite do vôlei, Bara mostrou preferir um crescimento e constância de resultados neste momento.

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“No ano passado o Ribeirão Preto entrou cheio de investimento na Superliga B. No outro ano foi o Sesc do Giovane (Gávio). Então buscamos ter uma equipe competitiva, que possa brigar realmente pela vaga e sanear o projeto. Se chegarmos daqui a um ano, subindo ou não, mas com o projeto saneado, será nosso grande pulo talvez não só para os próximos anos, como para a década. Entrar na Superliga A seria de novo um sacrifício e com uma chance enorme de brigar como no último ano. Não tenho medo disso, estou há dez anos às vezes brigando para não ser rebaixado, nos salvando, mas a realidade é cruel. E conhecendo essa busca por recursos acho que nada muito diferente vai acontecer para a gente contratar jogadores e um elenco mais qualificado ainda. Não posso esperar milagres em curto prazo.”

Seis núcleos em escolas públicas para formar a base

Maurício Bara: “O grande salto ainda está longe. Ele começa agora em agosto com a implantação de seis núcleos nas escolas públicas. Vamos aumentar o número de jovens praticantes de voleibol e, consequentemente, o número de talentos” (Foto: Marcelo Ribeiro)

As parcerias com o Clube Bom Pastor e a ArcelorMittal contemplarão, ainda, seis núcleos em escolas na cidade para fomentar a prática do voleibol e, por consequência, fortalecer a base juiz-forana e a consolidação do projeto.

“O grande salto nosso ainda está longe de vir. Ele começa agora em agosto com a implantação de seis núcleos nas escolas públicas. Vamos aumentar o número de jovens praticantes de voleibol e, consequentemente, o número de talentos. Só que isso leva um tempo. São dois projetos ligados ao JF Vôlei: um do Clube Bom Pastor, que vai ter um núcleo na quadra de Associação de Bairros do Borboleta, um no Milho Branco, na Escola Municipal André Rebouças, e outro na Escola Estadual Clorindo Burnier, do Barbosa Lage. E agora com esse projeto da Arcelor são mais três núcleos: um no Bandeirantes, na Escola Municipal Fernão Dias Paes, outro na Escola Municipal Gabriel Gonçalves da Silva, no Ipiranga, e um na Escola Municipal Presidente Tancredo Neves, em São Pedro”, explica Bara.

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Bara usa como referência uma seleção de outro esporte ao projetar as possibilidades da iniciativa. “Estamos atingindo vários bairros na cidade. Estou usando uma metáfora que gostaria de transformar Juiz de Fora na Islândia do voleibol. A Islândia que jogou a Copa do Mundo. Tem 350 mil habitantes e um time na Copa do Mundo. Estou pegando eles como referência. Isso leva tempo, mas é um caminho muito legal que vai dar frutos aí para a frente.”

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