Peneiras de futebol reĂșnem mais de 280 jovens que almejam se tornar atletas profissionais
As oportunidades mobilizaram atletas de cidades vizinhas e de tambĂ©m de outros estados do paĂs, como Bahia, ParanĂĄ, Rio de Janeiro e EspĂrito Santo
O inĂcio da temporada nos clubes de futebol e futsal mobiliza jovens em busca do grande sonho. Afinal, como diz a mĂșsica do Skank, “quem nĂŁo sonhou em ser um jogador de futebol?” Em Juiz de Fora, no Ășltimo mĂȘs, Tupi Futsal e Futebol UFJF realizaram seletivas que envolveram, juntas, mais de 280 garotos com idades entre 11 e 20 anos. As oportunidades mobilizaram atletas de cidades vizinhas e de tambĂ©m de outros estados do paĂs, como Bahia, ParanĂĄ, Rio de Janeiro e EspĂrito Santo. No Tupi Futsal, dos 118 atletas testados, 13 foram selecionados para integrar a equipe sub-20, sendo dez jogadores de linha e trĂȘs goleiros. De acordo com presidente do time, Rafael Ramos, a procura por jovens de fora do estado mostra a força do nome Tupi em todo o Brasil. “A gente esperava um grande nĂșmero pela força da equipe e por ser sub 20, uma idade que jovens ainda possuem a chance de viver o futsal profissionalmente”, afirma.
Apesar da seletiva envolver garotos com até 20 anos, os aprovados podem compor também a equipe adulta, reforçando o elenco. A apresentação dos atletas acontece no dia 20 de fevereiro. Neste ano, o clube disputarå vårias competiçÔes, como Campeonato Mineiro e Jogos de Minas Gerais. Hå também a possibilidade de disputa da Liga Sudeste, em setembro.
Futebol UFJF
No projeto de extensĂŁo Futebol UFJF, coordenado pela Faculdade de Educação FĂsica e Desportos (Faefid), 166 jovens foram avaliados pela comissĂŁo tĂ©cnica. As seletivas aconteceram no fim de janeiro, e selecionou 52 atletas das categorias sub-11, sub-13, sub-14, sub-15 e sub-17.
Para o coordenador do projeto e professor Marcelo Matta, o nĂșmero de inscritos ficou dentro da expectativa. Ele ressalta ainda a presença de meninos de oriundos de municĂpios da regiĂŁo, como Ponte Nova, Barbacena, Santos Dumont e AlĂ©m ParaĂba, principalmente para as categorias sub-15 e sub-17. “Ano passado nĂłs tivemos a mesma mĂ©dia. O bacana Ă© que fomos visitados por muitas famĂlias e jovens que conheceram a universidade e o projeto. Isso foi um ponto positivo, mostra que o projeto estĂĄ estruturado e reconhecido.”
De acordo com professor, os jovens foram integrados aos outros 135 jogadores do elenco do Futebol UFJF. Nesse perĂodo, membros da comissĂŁo tĂ©cnica realizam observaçÔes mais detalhadas sobre cada atleta. “A gente observa se ele tĂĄ evoluindo, se apresenta um desempenho superior aos que estĂŁo jĂĄ na equipe. Depois de algumas semanas vamos avaliando e, apĂłs essa avaliação, ele Ă© convidado a integrar o projeto”.
A fase faz parte da preparação da equipe para temporada 2018, quando todos as equipes participarão de competiçÔes municipais e regionais. As categorias sub-15 e sub-17 ainda disputarão, a partir de abril, elite do Campeonato Mineiro nas respectivas faixas etårias e, na preparação, jå acordaram amistosos, ainda sem datas definidas, com grandes clubes como Botafogo e Fluminense.
Desde 2016, quando parceiros da Associação Esportiva Uberabinha, o Futebol UFJF realizou amistosos e levou jovens para testes em equipes como Cruzeiro, Atlético e América, além de Botafogo e Fluminense. Houve ainda acordo com o Tupynambås, que aproveitou, na equipe profissional de 2017, alguns atletas que estouraram idade no sub-17.
Filiação à FMF
De acordo com Matta, o processo de filiação junto à Federação Mineira de Futebol (FMF) jå foi finalizado. O procedimento foi necessårio, uma vez a parceria com a Uberabinha, uma das equipes de base mais tradicionais da cidade, foi encerrada. Com o término, o projeto foi integrado à Associação de Ensino e Pesquisa em Esporte e Lazer (Asepel), fundadora do JF VÎlei.
O projeto busca obter recursos para financiar o desenvolvimento do projeto e a participação em competiçÔes. Uma das alternativas Ă© a aprovação de projeto no MinistĂ©rio dos Esportes para captar recursos pela Lei de Incentivo ao Esporte. No entanto, o professor ressalta da necessidade de outras fontes de recursos para os gastos fixos. “Estamos passando com o pires na mĂŁo, quem puder colaborar jĂĄ ajuda muito. Temos tentado o apoio, pois nĂŁo Ă© barato pagar as taxas”. De acordo com Matta, atualmente o projeto Ă© mantido com apoio da UFJF, por intermĂ©dio da PrĂł-reitoria de ExtensĂŁo e da Faefid, e por meio de recursos de emendas parlamentar da Deputada Federal, Margarida SalomĂŁo (PT).